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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SALA DE AUDIÊNCIA, UMA AULA DE VIDA!



Havia uma senhora muito pobrezinha já de idade avançada, que tinha trabalhado para outra senhora como empregada doméstica. Mas um belo dia a patroa resolveu demití-la, pois não estava mais gostando dos seus serviços, não lhe pagando as verbas devidas. Então a coitada, muito humilde, procurou o Manto da Justiça para se proteger. A audiência foi marcada.



No dia determinado, lá estava ela, em sala de audiência, sem advogado pois tinha se utilizado do jus postulandi, frente-a-frente com sua ex-patroa, já havia ultrapassado a fase de conciliação, e agora estava o senhor Juiz iniciando a fase de instrução processual, em que colhe o depoimento das partes, bem como de suas testemunhas visando esclarecer os fatos para dar uma sentença condizente com a realidade ocorrida e provada nos autos. Então era a vez de ouvir a testemunha da tal senhora. A testemunha chamava-se Maria.


O Juiz fez umas duas ou três perguntas para a tal testemunha, e passou as perguntas para a senhora, agora ex-empregada, dizendo: - A senhora quer fazer alguma pergunta para sua testemunha? - Não, não quero não senhor! Mas o Juiz vendo a humildade daquela pessoa, insistiu, pois ela poderia estar envergonhada ou até mesmo com medo do Juiz. - A senhora não vai fazer nenhuma pergunta? Mas a senhora trouxe ela aqui, então faça alguma pergunta a ela! Daí, aquela humilde senhora falou: - Eu tenho que fazer uma pergunta? Tem sim, senhora! -Então eu vou fazer. E continuou: - Ô Maria, a Glorinha ainda está com o Ernesto? E a audiência se encerrou! A pobre senhora fez um acordo logo em seguida, pois a sua ex-patroa resolveu pagar quase 100% das verbas pleiteadas  E ficou tudo  bem! Até a próxima postagem!

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