Havia uma senhora muito pobrezinha já de idade avançada, que tinha trabalhado para outra senhora como empregada doméstica. Mas um belo dia a patroa resolveu demití-la, pois não estava mais gostando dos seus serviços, não lhe pagando as verbas devidas. Então a coitada, muito humilde, procurou o Manto da Justiça para se proteger. A audiência foi marcada.
No dia determinado, lá estava ela, em sala de audiência, sem advogado pois tinha se utilizado do jus postulandi, frente-a-frente com sua ex-patroa, já havia ultrapassado a fase de conciliação, e agora estava o senhor Juiz iniciando a fase de instrução processual, em que colhe o depoimento das partes, bem como de suas testemunhas visando esclarecer os fatos para dar uma sentença condizente com a realidade ocorrida e provada nos autos. Então era a vez de ouvir a testemunha da tal senhora. A testemunha chamava-se Maria.
O Juiz fez umas duas ou três perguntas para a tal testemunha, e passou as perguntas para a senhora, agora ex-empregada, dizendo: - A senhora quer fazer alguma pergunta para sua testemunha? - Não, não quero não senhor! Mas o Juiz vendo a humildade daquela pessoa, insistiu, pois ela poderia estar envergonhada ou até mesmo com medo do Juiz. - A senhora não vai fazer nenhuma pergunta? Mas a senhora trouxe ela aqui, então faça alguma pergunta a ela! Daí, aquela humilde senhora falou: - Eu tenho que fazer uma pergunta? Tem sim, senhora! -Então eu vou fazer. E continuou: - Ô Maria, a Glorinha ainda está com o Ernesto? E a audiência se encerrou! A pobre senhora fez um acordo logo em seguida, pois a sua ex-patroa resolveu pagar quase 100% das verbas pleiteadas E ficou tudo bem! Até a próxima postagem!
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