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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CADÊ A MINHA MADRINHA MARIA? - ATO TRÊS - ÚLTIMO.

Maria estava toda alegre já fazia um bom tempo, para ela tudo estava dando certo, mas o destino reservava algo! As coisas andavam meio difíceis aqui no Brasil em relação a trabalho, então Fábio que tinha recém chegado na vida da Maria, foi tentar a sorte em Portugal.

Ele tinha raízes portuguesas o que facilitava um pouco, mas não muito sua ida para lá. Maria ficou muito triste, demorou tanto tempo para encontrar a sua cara-metade e quando encontra, dá nisso. Dias se passaram, semanas, meses, mas Fábio sempre fiel a sua amada, resolveu apostar todas as suas fichas em Maria, e a esperou. Enquanto ela trabalhava muito por aqui, ele se virava como podia lá em Portugal, Lisboa, se preparando para levar Maria embora.

Essa idéia confesso que me deixou grilado, afinal minha confidente, minha madrinha iria me deixar, e aí, a quem eu poderia me socorrer caso precisasse de conselhos, orientações, quem mais me ouviria? A resposta era ninguém. Teria que aprender a lidar com todas as intempéries que aparecesse, e também eu não podia ser egoísta, a Maria merecia uma oportunidade, e tinha que agarrá-la com unhas e dentes. Não me lembro dela ter me falado sobre viagens. Nunca tinha saído do Brasil. Avião? Nem pensar! Mas a viagem seria longa, bem longa. Os dias foram passando e a ida da Maria para Lisboa se aproximando, e finalmente chegou o grande dia de sua viagem. Ela ainda deu uma janta para suas amigas em sua casa e convidou eu e a Claudia.

Maria no meu trabalho, me levava cafezinho todos os dias, na minha sala, essa sua benesse eu consegui que até hoje fosse feita, justamente por informar a todas as funcionárias, que exercem a mesma função que a Maria exercia aqui, que  sempre foi assim desde a Maria. Na janta da despedida, estávamos alegres, pois a Maria iria tentar a sorte em um lugar melhor. Eu tive a honra de poder levar Maria, minha madrinha ao aeroporto de Ji-Paraná-RO. É chegada a hora.

O avião liga os motores, é aquele barulhão ensurdecedor. A Claudia e as duas filhas da Maria mais o namorado de uma delas estão junto nessa despedida. Tantas lembranças! Tantos segredos meus que somente a Maria sabia! Tantas conversas, tantas risadas, tantos problemas que passamos juntos! Mais um pouco e tudo isso iria embora.

Então é feita a última chamada para entrar no avião. Eu estava me desmoronando por dentro, dava para sentir que o mesmo se passava com minha madrinha. Ela se despediu de todos, eu fui o último. Ainda tenho em minha lembrança as últimas palavras que lhe dei: - Vai com Deus! Maria que nunca tinha feito grandes viagens, desta vez, iria para outro país, mas não era somente um outro país era a Europa, Portugal, Lisboa. Aqueles que nos descobriram em 1500! Aqueles que nós só sabemos pelos estudos no colégio. Saímos para a rua, quando chego no carro, me viro, vejo que se consegue dar ainda uma última olhada na Maria, agora se encaminhando para o avião, solicitei a todos que nos aproximássemos da cerca, Maria subiu as escadas. Entrou no avião. Fizemos a oração do Pai Nosso todos nós que tínhamos ido lá. Dessa vez não dava mais para segurar, berros, lágrimas, choros foram os protagonistas daquele momento.

Senti um alívio quando soube da chegada da Maria em Portugal, em segurança, agradeci A Deus por essa benção.  Maria se casou com Fábio. Maria que começou lá com muito esforço, hoje até dirige, coisa que aqui nem se cogitava, juntamente com o Fábio, Maria conquistou lá em poucos anos, o que levaria uma vida toda por aqui e jamais conquistaria nada.


Agradeço a Deus pela minha madrinha Maria. O destino tem dessas, às vezes acontece tudo de bom. Estou pensando seriamente em abril desse ano ir lá visitar minha madrinha Maria. Parabéns a Maria e principalmente ao Fábio que soube como  ninguém esperar pela minha madrinha. Até a próxima postagem!

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