MINHA SEGUNDA VIAGEM INTERNACIONAL, COBIJA - BOLÍVIA!

A viagem para Cobija na Bolívia eu fiz em ônibus de linha, pois fica muito distante daqui de Ji-Paraná/RO, para dizer a verdade, fica na divisa do Estado do Acre com a Bolívia. Desta vez foi eu e minha esposa. Não sei quanto tempo levou a viagem, só sei que demorou muito! Mais de 12 horas de viagem.

Sei que quando chegamos na rodoviária de Rio Branco, capital do Estado do Acre, o ônibus que ia para Brasiléia-AC, já tinha partido, isso era umas 07 horas da manhã. O próximo ônibus saía às 15 horas, mas tudo bem, íamos lá pois eu tinha combinado com uma pessoa, que iria trabalhar lá, e que esta me receberia.

Até a hora da saída do ônibus não tinhamos nada para se fazer, então peguei um taxi e demos umas voltas pela cidade e mostrei para minha esposa a capital Rio Branco-AC, o centro, aquelas pontes maravilhosas, e o Parque da Maternidade.

Voltamos para a rodoviária e ficamos num hotelzinho, para descansar até a saída do ônibus. Fomos bem atendido. E uma moça nos deu uma chave de um quarto e lá fomos nós. Fui ao banheiro me banhar, liguei o chuveiro e nem uma gota caiu! Então pedi para Claudia chamar alguém para ver se tinha como ter acesso a água. A Claudia foi lá, fiquei esperando, e nada. Dali há um tempo a Claudia chegou e disse que a atendente tinha ido no açougue comprar carne para o almoço, e que ela tinha esquecido de ligar o motor pois a caixa d'água estava vazia, então colocaram uma mangueira pela janeira do banheiro para que eu pudesse me banhar, daí, eu tomei banho normalmente, tirei a canseira etc. e fui me deitar, enquanto a minha esposa foi para o banho. Nem bem deitei e ouvi um berro no banheiro, e lá fui eu ver o que se tratava. Olha, vocês não vão acreditar!

Minha esposa estava irreconhecível, era barro por tudo o que é lado, parecia uma estátua. Ela chorava muito aos prantos, pois dias antes tinha feito uma definitiva nos cabelos. Fui lá avisar a moça por que aquilo? Ela me respondeu que esqueceu que o poço estava secando e daí o motor, a bomba, puxou a água restante inclusive o barro do fundo do poço. Mas ela iria dar um geito. Então conseguiu uns baldes de água com os vizinhos e assim minha esposa pode se banhar. Chegou a hora da partida. Pegamos o ônibus e fomos embora. Quando lá chegamos, não havia ninguém para nos receber, daí para não perdermos a viagem decidimos ir até Cobija, que é só atravessar uma ponte, sem fiscalização, que fica na verdade em Epitaciolândia-AC, cidade contígua a Brasiléia-AC. Fomos a pé mesmo. Não comprei nada pois só tinha ido mesmo só para conhecer. Mas resolvi, fazer uma refeição por lá. Convidei a Claudia, mas ela recusou-se, preferindo aqueles tubos de batatas chips. Então cheguei a um tipo de Mercado Público, lá tinha mesas com aqueles bancos compridos, o lugar estava cheio de gente, eles tomavam uma espécie de caldo de feijão. Eu pedi um daqueles para mim, a Claudia só me olhava, com olhar de reprovação. Eu pensava se tratar de caldo de feijão, mas apesar de escuro o caldo, não havia nenhum grão de feijão! O que será aquilo? Provei, estava bom, tomei tudo, e pedi um suco de laranja. O suco de laranja fica dentro de uma caixa de isopor, literalmente, nada de saquinho, ou de  garrafa, mas o suco propriamente dito in natura dentro daquelas caixas de isopor, que eles pegavam um copo, segurando pela beirada, e metiam a mão lá dentro da caixa e assim enchiam o copo. Sabe, aquilo não era bem o que eu esperava. Mas eu não podia recusar, poderia ser considerada uma ofensa! E agora? Um conflito internacional? Resolvi beber assim mesmo. Não satisfeito, solicitei uma parrilhada, algo como miúdos de boi na chapa, tipo tetas de vaca, traquéias de boi, essas coisas que pessoas de sã conciência nem chegaria perto. Mas eu gosto de experimentar essas novidades. Resultado disso? Uma semana na UTI! Peguei uma infecção intestinal que tinha se espalhado pelo órgãos todos. Nunca mais iria provar nada que parecesse duvidoso, fiz essa promessa para mim mesmo. A Claudia depois ficou me dando azia. - Eu não te disse? - Tu és teimoso, não acredita em mim! Eu nuca mais quero ir para a Bolívia, entendeu? Ela me gritava isso direto! Pois é ainda bem que eu sai dessa. Parece que Bolívia não rima com ...prazer! Até a próxima postagem!