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Sou muito abençoado por meu Deus. Nos meus, quase 50 anos, é que Deus foi levar minha mãe (82 anos) para junto Dele. E, Ele ainda me concede a alegria de viver com meu pai aos 90 anos, isso não é para qualquer um. Há duas semanas antes da festa, ele, o meu pai, estava muito ansioso para saber quem viria na festa dos 90 anos. Bem, os amigos e parentes tinham ficado lá no Sul. Agora só resta mesmo chamar os parentes e amigos daqui mesmo de Rondônia. Ele sentou-se junto de mim e começamos a fazer a lista de convidados: Ele, eu, minha esposa, filhos, neto, e dois casais amigos, sendo que um desses casais infelizmente não consegui contactar, pois moram em Ouro Preto do Oeste-RO, porém o celular estava sempre desligado ou programado para não receber chamadas. Superada essa fase, a da lista dos convidados, começou outra, a dos comes e bebes. Ao todo tinha dado 12 pessoas, incluindo nós mesmos, ou seja, tinha que fazer aumentar a lista de todo o jeito, mesmo que fosse artificial. Ele queria comprar, umas tres galinhas, de 8 a 10 kg de carne, de 3 a 5 kg de toscana, e umas duas caixas de asinha de frango, além de macaxeira, farinha de mandioca, vinagrete, arroz, e é claro do bolo de aniversário.
As bebidas algumas pepsis e uma caixa de cerveja (para as visitas, já que nem eu, nem ele bebe cerveja, eu, porque não gosto mesmo, e ele porque está tomando remédios). Eu tentei tirar de sua cabeça que era muito para poucas pessoas, mas ele estava irredutível, e me perguntou várias vezes durante a semana quantas pessoas viriam, ao passo que mesmo de dizer-lhe a cada mesma pergunta, a mesma resposta, 12 pessoas, na última vez eu chutei: - Olha pai, eu acho que umas 20 pessoas virão! Tentei argumentar ainda que se a festa fosse em um sábado, poderia vir mais pessoas, pois o dia que ele iria fazer anos seria na segunda-feira, à noite, e disso ele não abriria mão, para ele a festa é no dia do aniversário e não em outro qualquer. Considerando que muitas pessoas poderão estar na escola, na faculdade, e que no outro dia tem que se trabalhar, e fazer uma janta, nestas condições, era dado como certo que não viria ninguém. Então ele não perguntou mais, pois ficou satisfeito com a resposta, e ninguém iria mais fazer com que diminuísse a quantidade de comida. O dia do aniversário de aproximava, mas estava ainda há pelo menos 05 dias da grande festa, quando ele, inventou de fazer uma galinha para testar seus dotes culinários. Então, arrumamos o forno, compramos a galinha, e ele fez um molho com alho, cebola, sal, tomate, azeite de oliva, e vinho, tudo bem batido no liquidificador.
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Tivemos que comprar uma outra churrasqueira, pois a que tínhamos era bem pequena, e não daria conta para as visitas, bem como tivemos ainda que comprar um pincel para pintar a galinha com esse molho que ele fez. Isso foi na sexta-feira anterior ao dia do aniversário na qual ele fez a galinha. E já saímos a prová-la. Estava muito bom. Ele logo se encheu de orgulho e disse que repetiria a dose no outro dia. No sábado pela manhã lá foi ele novamente para a cozinha, e preparou as duas galinhas restantes que ele queria fazer para segunda-feira. A noite fomos para a missa de um ano do falecimento de minha mãe. No domingo as galinhas foram praticamente devoradas. Sobrou um pedaço que serviu de, digamos, aperitivo, na segunda-feira. Finalmente chega o dia da festa. A churrasqueira somente chegou há algumas poucas horas antes no início da festa.
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Fogo aceso. Carne na grelha. Já haviam chegado todos os convidados. Eu antes, ainda pela tarde, tinha comprado uns presentes para o meu pai, e os havia colocado dentro do porta-malas do carro, bem como tinha ido buscar o bolo de aniversário dele, onde o confeiteiro tinha me dito que a máquina para fazer o bolo marmorizado, estava em Jaru/RO, mas que, como era pelos 90 anos do meu pai, que ele então, iria comprar a máquina e fazer o tal bolo. Quando chego em casa, notei que em meu quarto havia outro presente para o meu pai, e antes de partir para a execução da festa, fechei a porta do quarto com as minhas chaves, para que não fosse alguém ali e comentasse com ele, meu pai, sobre os presentes. Sai do quarto de calção, sem camisa, e de chinelo somente, pois estava muito calor. Quando chegou perto dos convidados, lá vem a minha filha, e me pede as chaves pois necessita de algo, com muita urgência, que está no meu quarto.
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Não gosto da idéia, mas mesmo resmungando entreguei-lhe as chaves. Fiquei conversando com os convidados, e percebi que a minha filha estava demorando demais para ir ao quarto e voltar, fiquei ou pouco mais tranquilo quando ela chamou a sua cunhada, mas logo em seguida me esquentei novamente pois agora eram duas que tinham ido lá no quarto, e não tinham voltado. Fui averiguar o que estava ocorrendo. Sai de mansinho, para não despertar atenção em ninguém, e ao chegar no corredor, deparei-me com as duas, minha filha e sua cunhada, olhando pela fechadura da porta do meu quarto. Logo pensei: - Já deu bosta! E, perguntei: - O que está acontecendo? - Olha o que aconteceu! - Quando coloquei a chave na fechadura e fui abrir a porta o miolo caiu para dentro do quarto e agora a porta não abre mais, nem por dentro, nem para fora! - Que porra que fizeram! Gritei. - Saiam daí! - Depois eu vejo o que se pode fazer! E, agora? Como eu iria levar a minha outra filha para casa? E pior, como eu daria os presentes para o meu pai? Pois as chaves do meu carro estavam dentro do quarto, junto com meus documentos e meus óculos! Até poderia ir no carro de meu pai, pois as chaves dele estavam com ele, mas e os meus óculos? E como eu iria tirar fotos? A câmera estava lá também. Porém a situação que já estava ruim, piorou, em um telefonema recebido, um outro amigo tinha me trazido um remédio de muito longe e solicitou que eu fosse até a sua residência para pegar o tal remédio, não pensei duas vezes e disse que já iria para lá. Então perguntei ao amigo que tinha ido a festa, se ele estava de carro, e ele me disse que sim, então que se ele pudesse me dar uma carona rapidinho. E, com a concordância dele, lá fui eu, com ele, sem camisa, só de calção e de chinelo na casa do outro amigo buscar o remédio. Lá chegando tentei me explicar, mas como todo amigo de verdade, este me acalmou e me tranquilizou. Na volta as carnes já estavam quase torradas, pois era eu quem estava controlando a virada das carnes na grelha. Não dando para esperar mais, lá fomos nós, logo servindo os convidados, após, é lógico, de cantar os parabéns.
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No meio da janta, meu pai me cutucou dizendo que no seu tempo era muito feio sentar-se à mesa sem camisa, mas como é que eu podia fazer? Quando ele me diz isso, me sinto um bebezão! A minha camisa estava dentro do quarto, e agora eu não podia mais entrar lá. Remendei-o dizendo que naquele tempo e sendo lá no Sul, não fazia um calor tão quente como este de Rondônia, pois já senti calor bem mais refrescante que o atual que estamos passando. Superada mais essa fase. Passamos para o bolo. As velas, os pedidos, tudo saiu perfeito. E, mais uma vez, foi cantado o parabéns a você! Terminada a festa, agora é a hora de irmos levar, pelo menos, quase 50% dos convidados até suas casas. Eu não sabia, mas minha esposa havia solicitado ao seu filho para que este tentasse abrir a porta com um grampo de cabelo, assim como se vê nesses filmes da TV, e o coitado do convidado, ficou mais da metade da festa tentando abrir a porta, quando finalmente obteve êxito. Todos em casa, voltamos para a nossa. Meu pai nada disso viu ou soube, já era tarde da noite quando ele me disse: - Vai colocar uma camisa, está começando a esfriar! E, quando eu disse vou colocar agora! Minhaa esposa já vinha com a camisa em uma mão e os presentes na outra. Que alívio! Finalmente no meu quarto novamente! Nada como estar em sua cama, longe dos problemas. Ufa, essa passou por um triz. Até a próxima postagem!
EM PRIMEIRO LUGAR UM ABRAÇO PRA TODOS AI.E UM ESPECIAL PARA O TIO. GRAÇAS A DEUS DEPOIS DE TODOS ESSES PERREIOS,DEU TUDO CERTO.BJUSSS
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