Aqui haverá postagens interessantes sobre vários assuntos, alguns é claro, polêmicos, para provocar debates. Obrigado pela visita, tenha uma agradável leitura! Obs. Desaconselhável para menores de 16 anos, por conter palavras inapropriadas e/ou temas adultos!



WEB

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OS SEM-TERRA DE PORTO ALEGRE-RS (1990) E OS SEM-TERRA DE JI-PARANÁ/RO (2015)!

 
  
http://bitconteudo.com.br/bit/o-melhor-conteudo-de-nossas-vidas-o-conflito-da-praca-da-matriz/


OS SEM TERRA EM PORTO ALEGRE-RS EM AGOSTO DE 1990:
"No dia 8 de agosto de 1990, a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, amanheceu com 400 integrantes do movimento dos trabalhadores rurais sem-terra.
Às 9h da manhã, centenas de oficiais da Polícia Militar já estavam no local, munidos de cassetetes, escudos, bombas, cães e armas de fogo. 
Enquanto políticos e ativistas ligados ao MST negociavam o encontro com o chefe do Estado, dentro do palácio, os colonos gritavam palavras de ordem – “Ocupar, Resistir, Produzir!” -, exibindo foices, enxadas e facões.  
Por volta das 11h30,  o pelotão de choque agiu. Os acampados responderam com pedras.
Os militantes do MST se dispersaram com as bombas de gás e de efeito moral. No tumulto, muitos foram presos, outros encaminhados ao Hospital de Pronto
Socorro, e cerca de 150 fugiram.
O conflito continuou nas vias adjacentes como Jerônimo Coelho, Borges de Medeiros e Rua da Praia. Com a confusão, várias lojas fecharam as portas. A esquina democrática foi palco do choque que marcou o episódio na história dos gaúchos.
Foi lá que o policial Valdeci de Abreu Lopes, 27, recebeu um golpe de foice no pescoço e morreu, pouco antes do meio-dia. 
O tumulto seguiu, logo depois, para a Prefeitura, onde dezenas de colonos se abrigaram. A Brigada Militar manteve um cerco de 11 horas no local, período em que estudantes, sindicalistas e simpatizantes do MST fizeram um cordão humano para impedir novo confronto.
O trabalho durou toda a madrugada. Pela manhã, 11 suspeitos já tinham sido identificados entre 176 agricultores. José Carlos Gowaski foi acusado de segurar o PM e Otávio Amaral de matá-lo – foi recolhido para o Presídio Central, onde ficou 1 ano e sete meses".



  
https://www.brigadamilitar.rs.gov.br/Site/Estrutura/9bpm/tributo.html

Sd VALDECI DE ABREU LOPES, Matrícula 13757369
Nascimento: 11 Ago 62
Natural de VIAMÃO/RS
Data de inclusão na BM: 07 Abr 83
https://www.brigadamilitar.rs.gov.br/Site/Estrutura/9bpm/tributo.html


Trechos de uma história trágica. O soldado Valdeci estava com 28 anos, que completaria esta semana, o soldado Valdeci pertencia a uma classe de pessoas localizada um degrau acima do de Otávio. Casado com Sônia de Oliveira Lopes e pai de Carina, de 9 meses, ele era um dos oito irmãos de uma família de origem humilde, mas era proprietário de uma modesta casa de um quarto em Porto Alegre e de uma Belina ano 1973, que havia acabado de reformar. Também pertencia àquela estreita faixa dos brasileiros que conseguiram agarrar um diploma de primeiro grau. Com um salário mensal de 19.000 cruzeiros por seis horas de trabalho diário na Brigada Militar, ele complementava o orçamento familiar trabalhando como jardineiro nas horas vagas. 
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/reforma_agraria/arquivo/150890.html
 

OS SEM-TERRA DE JI-PARANÁ/RO  EM AGOSTO DE 2015:

   
http://www.comando190.com.br/noticias-det.php?cod=4861

"Na manhã desta segunda-feira, dia 03, cerca de 150 manifestantes do Movimento Sem Terra (MST), alguns deles armados de facões e foices, invadiram a agência da Receita Federal, em Ji-Paraná e começaram a ameaçar os funcionários e pessoas que estava naquele local. Em seguida, uma parte do grupo quebrou a porta da entrada e uma outra parte quebravam as lâmpadas com suas foices.
 Rapidamente, as Guarnições de Rádio Patrulha, juntamente com Policiais Federais, chegaram no local e começaram uma negociação com um dos líderes dos manifestantes, porém o acordo “amigável” foi quebrado, quando os integrantes do MST começaram a jogar pedras na Polícia. Houve um revide com munições não letais e gás lacrimogênio para dispersar a multidão.
Durante a ação, alguns integrantes do MST tentaram contra a vida de alguns policiais e acabaram presos.

Texto: http://www.comando190.com.br/noticias-det.php?cod=4861

  
http://www.comando190.com.br/noticias-det.php?cod=4861

 
 De acordo com o Delegado da PF, Dr. Everton Manso, a ação da Polícia foi com uso da força moderada com uso de munições não letais, para garantir a integridade de todos que estavam naquele local. "Foice e facões são instrumentos de trabalho no campo, mas na cidade são armas usadas para ameaçar, agredir e até matar pessoas. Retiramos estes armamentos e prendemos seis pessoas que não estavam aqui para se mobilizar, mas sim para agredir, tacando pedras na polícia", informou o delegado.
Depois que a ordem e a paz foram restabelecidas no local, funcionários e várias pessoas presentes aplaudiram e elogiaram a ação rápida da Polícia.
Texto: http://www.comando190.com.br/noticias-det.php?cod=4861
 

  
http://www.comando190.com.br/noticias-det.php?cod=4861

 
Há 25 anos ocorria os eventos acima narrados pela mídia na Praça da Matriz em Porto Alegre-RS. De lá para cá, a violência do MST parece se manter no tempo. Hoje pela manhã, 03 de agosto de 2015, o alvo do movimento foi a Delegacia da Receita Federal, agência de Ji-Paraná/RO. Ainda que não se tenha notícias de vítimas fatais, lá estavam as mesmas foices, os facões e todos os instrumentos dos trabalhadores rurais do movimento sem-terra. Até quando as autoridades que prometeram dar terras aos agricultores irão se fazer de vítimas? Até quando o MST será usado e abusado pelos governantes por um punhado de votos? Por que tanta demora na demarcação de terras? Por que tanto sangue derramado? O Brasil é muito grande, há terra e espaço para todos. Não precisamos ver essas manchetes estampadas na mídia, décadas após décadas. Entra governo, sai governo e a coisa continua sempre a mesma. Uns pedindo um pedaço de terra. O governo atendo uma parcela ínfima para poder continuar jogando com os outros coitados dos agricultores por um punhado de votos. E a família do soldado Valdeci? Será que a indenização paga pelo Estado supre a falta que ele faz em sua família? Quantas mortes mais serão necessárias para que o governo dê um basta nisso?

Nenhum comentário:

Postar um comentário