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terça-feira, 8 de maio de 2012

MINHA VÓ TINHA RAZÃO!!! CADÊ A POUPANÇA? O GATO COMEU!!!

Ilustração:

Minha avó materna, a vó Maria, era analfabeta de pai e mãe, contudo, sabia escrever o seu próprio nome, e fazia troco de dinheiro como ninguém. No supermercado, no armazém da esquina, na farmácia, em qualquer lugar, que tinha que receber o troco do dinheiro pago por algum produto, ela sabia antes de pagar, qual seria o seu troco, era muito rápida nesses cálculos. Deveria ter sido objeto de estudo nessas faculdades do estrangeiro que pesquisam essas coisas incomuns. Foi dela que eu ouvi, pela primeira vez, se referir ao perigo para quem se utiliza das motocicletas: - Para quem comprar uma moto, pode já ir comprando um caixão também! Ela me dizia, isso em 1972,  lá se vão 40 anos. Essa sua afirmação é tão válida ainda nos dias de hoje de quando em 1972. Mas isso não é tudo.

Ilustração:

Ela, a vó Maria, ainda dava suas pitadas sobre a economia nacional, numa época em que a inflação chegava ao incrível patamar dos 80% ao mês. Ela dizia: - A vida está muito difícil (isso em se tratando financeiramente) nos dias atuais, mas é só  o governo não se meter na economia e deixar como está, pois nós  já estamos acostumados com tanta dificuldade! Então, quando tudo estava ruim, o Governo tratava de deixar cada vez mais pior, isso mesmo, a gramática assim, ajuda aqueles que, não viveram àquela época, ter uma noção do que nós passamos. Eram pacotes e mais pacotes, cada um trazendo a mais feia surpresa para o povo brasileiro.


Muitos anos se passaram e vieram os gatilhos, isso mesmo, você leu direito, gatilhos, era como o Governo nos tratava, ao receber um ou mais gatilhos, tínhamos que ficar alegres e satisfeitos, era como se  estivesse em pleno deserto do Saara, embaixo de um sol escaldante de 50ºC, e aparecesse alguém do Governo nos concedendo meio copo de água para matar a sede, mas até nesse exemplo, pode se observar que, ou era isso, ou era nada, então meio copo de água, visto por esse ângulo, não seria assim tão ruim!  


Depois, tiveram as tablitas, mudanças de dinheiro, os fiscais do Sarney, confisco da poupança, Plano Verão, Plano Collor, etc. O Governo nunca dorme em serviço. E, mais uma vez, entre um escândalo aqui, outro ali, uma CPI acolá, o Governo da Presidente Dilma, resolve mexer em algo que há muito tempo teve sua correção diminuída para menos de 0,5%  (meio porcento) ao mês, a poupança, para torná-la ainda mais diminuta. Daqui há pouco, teremos que pagar juros para os Bancos, para deixar nosso dinheiro lá, bem isso já pagamos né?

 

Hoje a poupança rende algo em torno de 6% a.a., e mais uma variaçãozinha da TR, agora passará não mais a render os 0,5% a.m. ou 6% a.a., mas sim 70% da Selic e mais aquela variaçãozinha da TR, sempre que a Taxa estiver no patamar dos 8,5% a.a. Hoje está nos 9% a.a. Acontece que essa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), vem caindo ano a ano, e o Governo viu que se essa taxa continuar caindo, poderá render menos que a desprezada poupança, então esses recursos migrariam para a poupança num piscar de olhos, o que inviabilizaria outras ações do Governo em honrar seus compromissos, por exemplo.



 Então, necessário se faz a diminuição do rendimento da caderneta de poupança. Por outro lado, a caderneta de poupança também poderá sofrer retiradas altíssimas o que inviabilizaria, por sua vez, o crédito do setor imobiliário, a qual a poupança também se destina. É um risco calculado pelo Governo. Veremos mais tarde, com certeza, a introdução de  outras medidas restritivas ao crédito, mesmo que as taxas continuem a cair. Pois pior que a inflação é a deflação, ou seja, uma estagnação total da economia. Até a próxima postagem!

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