Ilustração:
http://geisa26.blogspot.com.br/2010/12/procura-se-jovem-com-medo-de-morrer.html
Acreditem ou não eu tenho medo de morrer! Uma de minhas tantas teorias é a de que começamos a morrer no dia em que nascemos! Cada minuto dali para frente, é na verdade, pelo menos para mim, um minuto a menos de vida, e consequentemente mais próximo da catacumba! Creio, através dessa minha teoria, que ao nascermos, já está contado a quantidade de dias que nós viveremos nesse mundo, então é como se fosse uma contagem regressiva, só não se sabe regressiva a contar de qual data. Quando eu era criança e mesmo na fase da adolescência jamais me preocupei com esse assunto. Graças a Deus, eu nunca tive nenhuma perda, ao longo de minha vida, que me fizesse ficar triste, a exceção de minha vó materna e de minha mãe, é claro! Deus tem sido muito bondoso para comigo, permitindo que eu, aos quase cinquenta anos, ainda tenha um pai com 90 anos e com muita saúde também.
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http://gemqga.blogspot.com.br/2010/03/segunda-feira-1-de-marco-de-2010.html
Não tive, ao longo de minha vida, qualquer fato desabonador que pudesse ser objeto de humilhação perante as outras pessoas. O que aconteceu comigo, acontece com qualquer pessoa, casamento, divórcio, casamento, estudos etc. Houve em minha vida momentos de muita alegria, e também houve os momentos de tristeza. Nunca fui boêmio, nunca bebi, nunca fumei. Nunca fui a bailes, a discoteca, a forró, a shows. Na adolescência o que eu mais gostava de fazer era jogar futebol com meus amigos o Teca, o Marcelão, o Édi e o Batista, para mim esses e mais uns dois ou três completavam o meu time. Nós éramos imbatíveis. Era tempo do ginásio, na Escola Dr. Glicério Alves. Aqueles dias pareciam nunca se acabar.
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http://linklar.com.br/editorial/2012/01/31/capao-da-canoa/
E todo o dia, tinha um dia novo! Não é como hoje, que os dias parecem se repetir! Com a idade 48 anos, hoje em 18/05/2012, apareceram algumas dores que nunca havia sentido antes, ácido úrico, hipertensão, tonturas (algo tipo labirintite), além de muito cansaço físico. Ás vezes penso em dormir por vários dias, outras vezes penso em sair de Ji-Paraná/RO e ir morar em um litoral da Paraíba ou do Rio Grande do Sul. Às vezes penso em me aposentar, com proventos proporcionais, e ir viver o resto de vida que me resta, uns, sei lá, imagino, 30, 40 anos, só de boa, pescando, caminhando à beira-mar, curtindo a vida. Já gostei muito de trabalhar, hoje não me dá mais tanto tesão assim.
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http://www.nordesturismo.com.br/noticias/tambau-passa-a-ter-embarque-e-desembarque-para-picaozinho-paraiba/
Talvez seja a rotina, o assunto repetitivo todos os santos dias, muitas vezes são as mesmas pessoas, não muda nada nunca. É claro que faço o meu serviço da melhor maneira possível, tenho muita responsabilidade e ganho para as tê-las, mas não é a mesma coisa de que quando comecei. Acho que a vida é assim, é como se fosse aquela corrida nas olimpíadas de revezamento 4x100, onde um começa a correr e então em um determinado período da corrida passa o bastão para o seu companheiro e assim por diante até a linha de chegada.
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http://www.praontem.com/noticias/a-marca-do-atleta/passando-basta%CC%83o-genizah/
Na vida levamos o bastão até um ponto, daí começamos a sentir que está na hora de passá-lo para outro. Mas não há outro! Então, temos que continuar carregando o bastão a todo o custo. Tenho um pouco de medo também de ficar só. Mas também não quero que os que fiquem ao me redor me perturbem na velhice. Não sei o que quero para dizer a verdade, só sei o que eu não quero, e o que não quero é esse marasmo. Tudo é sempre igual. Os ponteiros dos segundos andam muito rápido.
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http://claudiopachecobh.blogspot.com.br/2012/03/o-tempo-nao-para.html
O tempo se esvai muito depressa. E tudo é sempre igual. Mesmo que vivesse mil anos, um dia esse tempo chegaria ao fim. Faria muito mais realizações do que se eu vivesse 50 anos? Talvez. Quem sabe eu me aposentaria com 50 anos e vivesse, somente, curtindo a vida os 950 anos restantes! Isso sim seria mais prazeroso. Mas e as pelancas de quem vive por tanto tempo, como seriam? Como seria a fisionomia de Adão ou de Matusalém, ambos personagens bíblicos, com quase mil anos de idade? Teriam muitas pelancas? E sem plástica, como viveram tanto? Poderiam ser obesos, tinham tudo para comer só para eles, ou eram magros?
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http://despertardagraca.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html
O certo é que eu tenho medo de morrer. Conheço muitas pessoas perto de mim que não tem esse medo, pelo menos é isso que me passam quando falam comigo. Existem preocupações, perturbações de todos os lados. Não adianta nada tomar um mundo de medicamentos, se a verdadeira causa de todos os males são essas perturbações. Mas quando falo sobre esse assunto, essas pessoas desconversam daqui, mudam de assunto dali, e chegam a falsa conclusão que os males são outros fatores, pois tem muito medo de enfrentar a verdadeira verdade. Por que razão fazem isso? Não faço a menor idéia! Colocam desculpas esfarrapadas aqui, e ali, quando na verdade sabem qual é o mal que as atingem, mas é incompreensível a incapacidade delas em enfrentá-los.
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http://mulheresqueamamerrado.blogspot.com.br/2011/06/e-possivel-controlar-ansiedade.html
Todo mundo vê e sabe o que está causando toda essa aflição, essa angústia, e inclusive ela própria, mas não quer nem saber, e muda de assunto ou procura desviar o foco para uma outra fonte causadora desse mal. Fico triste, pois vemos essas pessoas as quais gostamos muito, se encaminhar com uma venda nos olhos, à beira do abismo. É praticamente uma morte anunciada. Então, ao invés de retomar o curso de sua vida, as rédeas da felicidade, se entregam a falsa sensação de que tudo está bem novamente, e não se toma nenhuma providência quanto ao verdadeiro objeto causador desse mal, enquanto que continuam literalmente se encaminhando para o derradeiro fim. Isso é muito triste!
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http://www.defender.org.br/rio-de-janeirorj-busto-de-vargas-sera-retirado-de-praca-no-rio/
Que será essas pessoas querem? Talvez um busto em uma praça pública depois de morrerem? Tipo o do Ex-Presidente Getúlio Vargas, mas com toda a certeza, ele nos seria muito mais útil se estivesse vivo! Um reconhecimento por ter sido um mártir? Quem sabe um feriado local? Não sei. Fico triste com tudo isso, muito triste. Gostaria que as pessoas fossem menos egoístas, e isso se referem principalmente a filhos e pessoas do próprio convívio familiar. Temos que passar o bastão, mas não há ninguém para segurá-lo. Muito pelo contrário. Parece que, para determinadas pessoas, os pais irem às últimas para o hospital por motivos de saúde causados por perturbações, trás grandes alegrias, ou porque pensam que assim é melhor para eles usufruírem como bem entenderem de sua própria vida, sem ter aqueles "chatos" por perto, impedindo de ir aqui ou acolá, ou, como quer uns outros, como o caso da Richthofen, em que os pais não valem nada vivos, muito pelo contrário, valem mais morto do que vivo, pois assim podem ficar com a "herança" de seus pais.
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http://mesadoeditor.wordpress.com/tag/suzane-von-richthofen/
Tanto uma forma como outra é repudiada, não só pela sociedade, como principalmente pelo íntimo de cada ser humano. É essa situação que me deixa muito triste. O egoísmo, as mentiras, as perturbações. Então consome-se uma tonelada de medicamento, todos muito caros, diga-se de passagem, na falsa esperança que os sintomas passarão, esperança essa em vã, pois bem lá, no íntimo, sabe-se que não passará. E, consequentemente, se busca uma outra desculpa esfarrapada aqui, outra ali, e não se enfrenta o problema como deveria de ser enfrentado.
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http://www.cabecadecuia.com/noticias/56195/caras-e-bocas-na-cama-do-hospital-jacques-pede-piedade-em-casamento.html
Cada ser tem uma maneira diferente de enfrentar esses tipos de problemas, mas todos deveriam proteger suas próprias vidas, em primeiro lugar admitindo o fator causador desses males, esse é o principal passo a ser dado logo de início, e, em segundo lugar, tomar atitudes de prevenção contra esses males. Atitudes essas de caráter temporário, porém, de grandes resultados. Pedir "por favor", "por obséquio" um n-números de vezes, etc, não me parece ser a melhor atitude. Tem que ter tratamento de choque, nada de brigas, nada de pancadas, simplesmente tomar novamente as rédeas da felicidade, as quais caíram no chão, mas precisa de um certo esforço para pegá-las novamente. Até a próxima postagem!
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