É certo que a vida a dois não é bricadeira não! Um relacionamento em que desde os tempos de criança o casal se conhece, já não é sinal que tudo será as mil maravilhas, imagine então quando em uma segunda tentativa, os parceiros vem de outro relacionamento com seus respectivos filhos. É coisa de louco. E mais ainda, quando trazem também seus cachorros ou no caso, uma cachorra. Há uma série de diferenças entre os dois novos parceiros, os costumes, as manias. Nessa segunda oportunidade não temos muito tempo para pesquisar sobre o gosto do outro, então parece que entramos em um bonde andando que não pode parar!
Logo no início de meu segundo (e último também) relacionamento minha atual esposa tinha ela uma cachorrinha chamada Princesa, essas lingüicinhas ou salchinhas, toda pretinha. Eu nunca gostei de cachorro dentro de casa, então ficava furioso quando ao chegar do trabalho a cachorra estava sentada bem no meio do sofá, ou seja, no meu lugar. Então eu berrava e ela coitadinha (a cachorra), quando me via, saía patinando pela casa, como se fugisse de um monstro louco.
Não adiantava falar para minha esposa e seus filhos, eles não me atendiam, e ousavam sempre me dasafiar a deixar a cachorra andar livremente pela casa na minha ausência. Acontece que, quando eu chegava, a cachorra pensava ter direito adquirido e, caso eu não demonstrasse nenhuma reação, ela não sairia de geito nenhum de dentro de casa!
Foi então que após muita discussão, eu determinei que não era mais para deixar aquela porra de cachorra entrar dentro de casa. Em um fim-de-semana, fomos eu e minha esposa para Porto Velho-RO enquanto que as crianças ficaram em casa. Quando chegamos de volta no domingo à noite, notei algo estranho! A cachorra não estava nos esperando na rua! As crianças tinham ido na igreja. Pensei que a cachorra tivesse fugido talvez. Abri a porta da casa, e para meu alívio a cachorra também não estava lá! Beleza, pensei! Mas senhores e senhoras, quando abri a porta do meu quarto, pasmem! A cachorra estava lá presa!!!
As crianças tinham prendido a cachorra em meu próprio quarto e para piorar a situação, a quela porra de cachorra tinha cagado em cima da minha cama, vomitado pelo chão e mijado em todo lado!!! Não precisa nem dizer qual foi a minha reação né! Aos meus berros ou urros, não me lembro mais, a cachorra bateu na porta ao sair, ela patinava sem parar e não saía do lugar, o seu coração naquela hora deveria estar a uns 500 batimentos cardíacos por minuto.
Então fui para a porta dos fundos, que não possuia chave e sim uma tranca, onde havia um pedaço de pau que tinha que se ter muita força para pegá-lo só com uma mão, tamanho a sua grossura. Eu peguei para dar na cachorra, mas ela passou embaixo de minhas pernas, daí sentei aquele pau com toda a minha força na porta de madeira, que rachou de cima a baixo e o pau se quebrou bem no meio indo parar, um pedalo, já perto da porta da frente. Não acertei a cachorra, felizmente! Ela tomou um rumo ignorado! Nunca mais tivemos notícia dela, fazendo quase dez anos desse fato. Depois disso, nunca mais cachorro nenhum entrou dentro minha casa!! Mas se alguém souber por anda a Princesa, entre em contato comigo, estou com muita saudade dela, ela era uma Santa!! Até a próxima postagem!!!!
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