A nossa natureza humana faz com tenhamos ações sem nenhuma lógica, inacreditáveis até. Por que razão é assim? Trabalhamos num serviço que não gostamos, casamos com alguém que não amamos, choramos quando o tempo era de sorrir e sorrimos quando o tempo era de chorar. Castigamos quando deveríamos perdoar e, não perdoamos.
Falamos coisas ruins que machucam as pessoas que nós amamos, e falamos coisas boas para as pessoas estranhas que não fazem sequer parte de nosso convívio diário. Ajudamos estranhos, mas não movemos uma palha se se tratar de alguém necessitado de nossa família. Facilitamos a vida dos outros, mas dificultamos ao máximo a nossa própria. Queremos que todos parem de fazer o que estão fazendo para ouvir nossas estórias sem graça e sem sentido, mas nós não podemos parar com o que estamos fazendo e ir lá ver o que querem conosco, para nos mostrar algo importante.
Aliás pensamos, lá não existe nada de importante, então quando mesmo assim paramos um pouco para ouví-los, nem bem terminam de falar e já atravessamos uma outra situação sem nada a ver com aquilo, e nos sentimos irados pois não entenderam aquilo que dissemos. Damos gorjetas altíssimas para quem não conhecemos e exigimos os mínimos centavos de nossos entes queridos. Sorrimos para os outros na rua, mas em casa somos verdadeiros seres carrancudos e inanimados. Somos tolerantes com os outros e extremamente exigentes com os de casa. O que não suportamos em nosso lar, achamos graça na casa dos outros. A melhor comida é a do vizinho e é lá que a galinha é mais gorda.
Acordamos pela manhã, trabalhamos, e a noite dormimos, mas nunca vemos a luz do dia. Ajudamos os outros até mesmo em nossa hora de lazer, e em casa, deixamos o lazer de lado, afinal eles não precisam, assim pensamos. Sorrimos e choramos com os amigos, mas não demonstramos sentimentos com os de casa. Por que somos assim? Pensamos uma coisa e fazemos outra? Sabemos que estamos fazendo errado, então por que razão continuamos?
A culpa será de nosso chefe, ou quem sabe do Presidente da República? Do Governador do Estado? Quem sabe do cachorro ou do gato? De Deus? As desculpas serão sempre as mais diversas possíveis, então para nosso espanto descobriremos que a resposta está aqui mesmo, bem dentro de nós, ou seja, a culpa é de nós mesmos. Nós somos os verdadeiros culpados dessas situações acima exemplificadas. Fazemos ou não fazemos, algo que, queremos ou não queremos fazer, e quando fazemos, disso resulta uma consequência, a qual não queremos admitir a nossa própria culpa, então procuramos alguém que servirá como uma válvula de escape, alguém para servir como boi de piranha, um alibi.
Jamais poderemos admitir nossas fraquezas, mas se assim procedêssemos tudo seria tão mais fácil!!! Aliás, a vida é muito fácil de ser vivida, as pessoas é que a dificultam ao máximo! Na Bíblia há algumas passagens que podem ser consideradas como sabedoria do assunto em questão:
"O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem".Mateus 15:11
"O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias".Provérbios 21:23
"O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói".
Provérbios 13:3
Até a próxima postagem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário