Caso vivêssemos sob o manto do sistema capitalista, teríamos o setor privado conduzindo a economia sem nenhuma intervenção estatal. Os donos dos meios de produção, são aqueles a quem deve ser creditados o desenvolvimento de determinada região ou país. São eles que que com o seu dinamismo, visão de futuro, que buscam obter maiores lucros em suas respectivas atividades, fazendo cada vez mais produtos melhores de preço e também de qualidade. As leis de mercado é quem dá as cartas. Quem não tem competência não se estabelece. O empresário tem o livre poder de conduzir o seu comércio ou a sua atividade industrial. Contratando e demitindo quem quer e quando quer por uma justa indenização. Caso um funcionário não esteja dando lucro, então é como uma peça rui de um motor que precisa ser trocada, por uma outra que faça com que a engrenagem volte a funcionar a contento. Isso também deveria fazer de uma democracia. Mas não. No Brasil há a falsa noção de que vivemos em um sistema capitalista.
Na verdade o laissez faire fica só nos livros de sociologia. O Estado intervém e muito na economia, na direção da atividade particular empresarial, com influências muito mais do sistema socialista do que o capitalista. Ainda que muitas empresas públicas foram privatizadas ao longo dos últimos anos, o dedo do Governo ainda cutuca na ingerência do setor privado. As leis trabalhistas, por exemplo, remanescente do século passado, invadem o setor privado a cada dia. Os lucros dos empresários vem diminuindo a cada ano, e isso nada tem a ver com os altos impostos, mas sim com a inescrupulosa intervenção do Estado no setor privado. No Rio Grande do Sul, por exemplo, quando os donos dos meios de transportes urbanos, começaram a substituir os cobradores por catracas eletrônicas, para diminuir custos, e dar maior segurança contra assaltos, o governo interveio e impediu tal substituição alegando que vários pais de família iriam ser "jogados na rua".
Então os empresários aumentam a tarifa, para cobrir o possível lucro o qual receberiam pela redução de custos e que lhes fora retirado pelo governo, e há o maior quebra-quebra da população, ônibus depredados, pessoas machucadas etc. Outra questão que merece destaque é quanto a estabilidade da mulher grávida no emprego privado, com a desculpa de proteger o nascituro, o governo transfere a sua responsabilidade para os empresários, são eles que devem pagar a conta. O coitado do empresário, não pode nem mesmo deixar de contratar uma mulher para trabalhar na sua empresa, pelo motivo de uma possível gravidez. Todo mundo sabe que a mulher faz diversas atividades ao mesmo tempo e bem feitas, esse é um diferencial que atrai os empresários, contudo ao saber que por um longo período de tempo, não poderá contar com os seus serviços, ficaria inviabilizado a contratação de outra para o seu lugar, pois correria o risco dessa ficar grávida também.
Mas o governo não quer nem saber se o empresário tem ou não capacidade financeira para a contratação de outras mulheres, e deve sim a proceder a sua contratação. Uma vez efetuada a contratação da mulher ao seu quadro de funcionários, a sua demissão será outro parto. O empresário não poderá demiti-la se ela se encontrar grávida, mesmo que a própria mulher nem saiba que esteja grávida! Que absurdo! Mas caso ela prove, anos depois da demissão, que quando fora demitida estava grávida, ela terá todos os direitos financeiros pagos retroativamente. E mais, nas últimas decisões do TST, foi concedida estabilidade a mulher que engravidou durante o período de aviso prévio, ou seja, aquele período em que o patrão informa para a empregada que dali a 30 dias não mais necessitará de seus serviços.
Caso ela engravide e prove que no último dia do cumprimento do aviso prévio, ficou grávida, a sua demissão estará suspensa, e o empresário arcará com os seus prejuízos mais uma vez. Já comentei aqui em uma postagem passada sobre as aeromoças. Pois bem, o empresário não pode mais se dar ao luxo de contratar uma mulher bonita, nem pode fazer esse tipo de anúncio em jornal ou em qualquer mídia, sob pena de discriminação, multas e quem sabe até mesmo prisão. As pessoas não são objetos, ok. Logo, não podem ser usadas como mercadorias. O que o empresário busca é uma mão-de-obra qualificada, e dentro dessa qualificação, com toda a certeza, estaria também a beleza de uma mulher. Estudos feito nos Estados Unidos, deram conta que uma mulher bonita, bem trajada, produzida, que cuida de seu próprio visual, vende até 30% a mais do que uma mulher considerada não tão bonita, desleixada.
Outra pesquisa, desta feita no ramo de telemarketing, mostrou que a voz também faz muita diferença na hora de vender um produto, mulheres com uma voz mais macia, aveludada, vendeu mais produtos, do que outra com uma voz agressiva, seca. Essas diferenças, aqui no Brasil, não podem ser levadas em conta, em razão das inúmeras leis trabalhistas que impedem que o empresário toque o seu próprio negócio de uma forma particular. Algumas empresas são obrigadas a contratar até mesmo pessoas com deficiências físicas e também idosos, por ordem de órgãos governamentais, sem contudo querer saber se existe ou não a capacidade para o desenvolvimento dessas atividades. Ao passo que o correto seria, por exemplo, cadeirante desempenhar funções de telemarketing ou de empacotador, ou, outra atividade que não exigisse muito esforço, o que causaria retardo no atendimento e via de regra diminuição de clientes. O mesmo vale para os idosos.
Mas os Órgãos do governo obrigam a, por exemplo, que os empresários contratem X% de funcionários deficientes, sem se importar se na referida empresa, tenha ou não setores capaz de absorver essa mão-de-obra, devendo assim, o empresário arcar com mais esse custo a fim de fazer as adaptações necessárias para a referida alocação. O que acontece é que o empresário tem por objetivo a obtenção de lucro e não tem por objetivo o aumento de despesas, mas o governo não quer nem saber, enfiando-lhe goela abaixo, as suas determinações. Assim é muito fácil o Governo cumprimentar com o chapéu dos outros. O que me parece mais conveniente, seria que o próprio Governo criasse cargos, funções, atividades, postos de trabalhos, para os deficientes físicos, idosos e mulheres grávidas ou, enquanto durar a gravidez, ou mesmo que absorvesse toda essa mão-de-obra em seus quadros funcionais, mesmo sem concurso público. Taí uma grande idéia minha. Que nos concursos públicos se inverta a proporcionalidade, ou seja, que 90% dos cargos sejam para aqueles considerados deficientes físicos e idosos, e que somente 10% sejam destinados aos sem deficiência! Creio que seria mais justo com todos. Os deficientes e idosos teriam estabilidade e uma garantia ao final de cada mês, de ter os seus vencimentos depositados em suas respectivas contas e, por favor, deixem que os empresários contratem quem eles quiserem. Até a próxima postagem!
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