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O texto a seguir que irei publicar não tem a intenção de transformar sua vida, ou melhor, a vida de ninguém, contudo, serve para reflexão, pois estive pensando com meus botões e cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com vocês leitores.
A nossa vida é pautada por alguma razão que não nos é dado a causa de seu conhecimento, em vivermos a vida dos outros. É assim desde o nosso nascimento. Ainda que não tenhamos nenhuma compreensão do meio ambiente hostil em que nos encontramos logo após o parto, já usamos e abusamos do fato de vivermos a vida dos outros. Ao emitir os primeiros sons, já nos colocam para mamar no peito da mãe, mesmo sem saber se estamos realmente com fome ou não. Eu tenho lá minhas dúvidas, pois ainda no ventre, temos todos os nutrientes necessários para nossa existência, então, não é pelo fato de sairmos de lá, que por um passe de mágica tenhamos fome. Uma fome exagerada segundo algumas mamães.
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Não é à toa que é só colocarmos para mamar ao nascermos que paramos de berrar. Acontece que é público e notório que ninguém consegue falar com a boca cheia, e isso também se aplica ao bebê que acabou de nascer. Ele é um ser humano e não um alienígena. A falsa conclusão a que se chega é a de que o bebê estava realmente com fome. Então, para agradar uns e desagradar outros fizemo-nos de desentendidos e paramos de berrar ao mamar. Começamos aí, nesse exato momento, a viver a vida das outras pessoas. Mais adiante, quando por alguma razão enrrugamos nossa testinha ou emitimos sons agradáveis de risadas, forçamos as reações daqueles que estão a nossa volta com alegria ou preocupação.
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Depois vem a escola. E lá vamos nós. Agora além de atender as ordens de nossos pais, temos ainda que atender as ordens dos professores, diretores, Círculos de Pais e Mestres ou seja lá o que mais. Não fazemos a nossa vontade, porém, já estamos craque em fazer a vontade dos outros. Mais tarde ainda, já adolescente, vem os primeiros namoros, os primeiros encontros. Sua liberdade de vida a qual nunca teve esta por um triz para diminuir mais ainda. Agora vem o casamento.
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Sua vontade de viver a vida se resumirá em fazer a vontade do outro e vice-versa. Cada um dos dois largará a vida que tinha antes de fazer a vontade dos outros, para agora fazer a vontade mutuamente um do outro. Agora não é somente a própria pessoa que esta vivendo, mas é a pessoa que vive a vontade do outro. Digamos por exemplo, que a mulher casada queira se divertir com suas amigas. Isso não agradará ao marido, a menos que com esse fato ele também passe a sair com os amigos, e daí é ela que ficará angustiada. Um e outro resolvem então, por acordo mútuo, de não saírem mais, a menos que saiam com outros amigos também casados. Isso faz com que as mulheres se tornem amigas, mesmo que no início não era bem isso que elas queriam, mas foi a situação imperativa de fazer a vontade dos outros, no caso do marido, que predominou. Assim irá acontecer para o resto da vida de ambos. Caso um queira ir para um canto, o outro deverá acompanhar mesmo que contra a sua vontade. Isso muitas vezes irá trazer prejuízos financeiros a parte mais vulnerável, geralmente a mulher, que tem que largar seus sonhos os quais serão imcompatíveis para a nova situação, por uma causa nobre, a familiar.
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Sempre nessa relação, um irá se anular em detrimento do outro. Um dos conjuges por exemplo, deixará de fazer uma faculdade para financiar a do outro. Viagens, carros, casas, bens, irão deixar de serem comprados, de serem usufruídos a fim de não causar qualquer prejuízo a outra parte da relação, por uma simples razão de viver a vida para os outros. Quando pensa-se que isso não pode piorar, então é a vez de abrir mais um círculo e daí vem os filhos que, independentemente de ser uma causa nobre, uma benção, uma perpetuação da espécie etc, vai fazer com que nossa vida se torne ainda mais prática na forma de viver para os outros, principalmente para aquele ser tão fragilzinho que acabou de nascer. O círculo da vida continua como se não houvesse, e não há mesmo, nenhuma interrupção até que irá se fechar quando vierem os netos. Nessa batida, quando se fica viúvo, por exemplo, mesmo que se tenha completado bodas de ouro, a parte vivente logo em seguida irá acompanhar aquele que já se foi, pois a vida para ele ou ela, já não terá mais nenhum sentido, porque não há mais o que se fazer. A vida toda teve como alvo, como objetivo, viver para o outro, agora sem o outro, o que se pode fazer?
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Absolutamente nada, então, agora sem utilidade nenhuma (isso em se tratando de psicologia) o outro também acompanhará aquele que já se foi, não por suicídio, não é isso. O próprio organismo da pessoa irá se delfinhar numa incontrolável autodestruição predeterminada, causada por angústia, depressão, tristeza, saudade etc. Mas quando mesmo ainda vivos, olhamos para trás e perguntamos, quando em toda a nossa vida vivemos para nós mesmos? Em que momento da vida eu como ser individual, vivi a minha própria vida, sem se importar em viver a vida dos outros? Quando eu fiz as coisa que queria fazer, de comprar as coisas que queria comprar, de viajar quando eu queria viajar? A resposta irá ser nunca! Pois quando você queria fazer algo para si mesmo, para sua própria satisfação, esse algo foi por água abaixo, pelo fato de que se o fizesse estaria comprometendo a vida de outras pessoas, talvez a de seu marido ou de sua esposa. Então, não precisamos viver até o fim para fazer a pergunta no passado, mas podemos perguntarmos pensando no futuro. Quando iremos viver a vida para nós mesmos? Fica aqui essa reflexão. Até a próxima postagem!
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