A presidenta Dilma, ao ver as manifestações pelas ruas das principais cidades do país, cancelou suas viagens internacionais, que com certeza trariam maiores recursos para o país, através de relações bilaterais do comércio mundial, convocou seus assessores e ministros, e debruçou-se sobre o problema para ver qual rumo deveria tomar, para dar uma resposta ao clamor do povo brasileiro. Finalmente chegou a conclusão de que, para se ter o povo mais pacífico, faz-se necessária uma profunda reforma política no país. A presidente Dilma, ao contrário de todos os outros políticos que a antecederam, nunca assumiu um cargo como chefe do executivo, seja ele, Municipal, Estadual ou Federal, ou seja, antes de ser presidenta nunca tinha sido, prefeita e nem governadora. Mas tinha sido chefe de departamentos estratégicos em governos estaduais, e dirigiu-os com mão pesada, mão de ferro, com rédeas curtas, com muita maestria e disciplina. Honesta e exigente com o trato do dinheiro público, pelo menos é isso que se tem notícia. Tantas qualidades a fizeram alcançar vôos mais altos no governo do presidente Lula.
Depois passou a presidir o Brasil, no início com um pouco de receio, mas com o passar do tempo foi se firmando. Ministros que pisaram na bola foram demitidos, quantas inimizades ela conquistou por isso, mas ninguém vê. Muito dos gastos com estádios para a Copa do Mundo é fruto de seu antecessor, o presidente Lula. E, por esse motivo, ela nada pode fazer, uma por fidelidade aquele que lhe proporcionou a ser presidente, outra, porque apesar de ser considerada a mãe do PAC-Programa de Aceleração do Crescimento, a herança de seu orçamento também foi do ex-presidente Lula. Jamais alguém de sã consciência poderia imaginar de que ela, a presidente Dilma, pudesse desfazer tudo o que o Lula tinha feito, ou programado. Indignado, o povo foi às ruas para, numa manifestação pacífica, chamar a atenção de todo o mundo, aproveitando o ibope mundial da Copa das Confederações, e assim mostrar que as coisas aqui dentro do nosso país, não estavam lá tão boas como se poderia imaginar.
Todos deram o maior apoio. Mas infelizmente, esquecem de mencionar na preocupação da presidenta Dilma com o próprio povo. As leis existentes, muitas vezes, atrapalham ela de se colocar em prática as suas melhores idéias. Para se aprovar alguma coisa no Congresso, deve-se fazer algumas concessões, todo mundo sabe disso. Concessões essas que ela jamais ousou em fazer, enquanto chefe de departamentos de governos estaduais, mas que, sabedora da sua relação, subordinada aos apoios políticos recebidos na última eleição, teve que conceder. Não é de hoje que o líder máximo na Nação se sente sozinho no seu Palácio. Por mais bem intencionado que uma pessoa possa ser, ela não consegue dar o seu melhor, porque as "relações invisíveis" não a deixam agir dessa forma.
Essas "relações invisíveis" já foi cantada em verso e prosa pelo ex-Presidente Jânio Quadros. Contra essa "força invisível", existente nos porões do poder, é que a presidente Dilma, ao lado do povo, quer aproveitar o momento de indignação dos brasileiros, para dar um basta a esses "impedimentos políticos de governar". O clamor do povo brasileiro, juntamente com a ação positiva da presidenta Dilma, poderá finalmente resultar em um governo definitivamente democrático, feito com o povo, pelo povo e para o povo. O Brasil aliás, pelas sábias palavras da presidenta Dilma, mostra ao mundo todo a maturidade politica pela qual chegamos dentro de uma democracia, o que deverá servir de modelo para outros países que passam pelos mesmos problemas que o nosso ou mesmo ainda mais graves.
A presidente Dilma fará com que a nossa democracia seja fortalecida. Caso fosse em outros tempos, e já teríamos tido novamente o AI-5, a liberdade de ir e vir e de expressão cassadas, como cassados teríamos os direitos constitucionais. A presidenta Dilma tem a faca e o queijo na mão para fazer isso, mas não irá fazer, uma, porque já lutou contra toda essa aberração, e outra, porque se fizesse, estaria exercendo o poder das ditaduras, tão combatido por ela mesma. Não sou a favor ou contra a presidenta Dilma, não estou aqui para fazer campanha para ninguém, mas o que eu pondero é que as decisões tomadas pela presidenta Dilma, não são elogiadas pela massa protestante.
Decisões dessa monta, são para longo prazo, mas ela quer ver isso acontecendo, juntamente com a população, em um curtíssimo prazo. Agora, só para se ter uma idéia da dificuldade que a presidenta enfrenta, temos o seguinte: A presidenta quer uma ação constituinte para a reforma política, mas os entendidos no assunto, já manifestaram-se no sentido de ser inconstitucional o que a presidenta quer fazer, ou seja, que somente por lei ordinária é que se possa instituir a reforma política, e jamais com uma ação constituinte. Viram como é difícil ela tomar alguma decisão? Se tomar, esbarrará no Congresso, se passar pelo Congresso esbarrará no STF.
Logo, ela, a presidenta Dilma, volta a ficar novamente sozinha no comando do país, sem força para poder lutar. Tanto o Congresso como o STF não sabem o que é ser chefe de uma nação inteira, então para eles é fácil recusar uma idéia da presidenta, pois quem sofre a pressão é a Dilma e não eles. Mas creio que o bom senso prevalecerá e todos chegarão à mesma conclusão, a de que precisamos de reformas urgentes. Parabéns presidente Dilma em fazer de nós uma grande nação. Parabéns por querer sempre o melhor para o Brasil. Colaboração Kennya Valéria. Até a próxima postagem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário