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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ACIDENTE NA VIAGEM IMPEDE DE PARTICIPAR DAS FESTIVIDADES DE INAUGURAÇÃO DO NOVO PRÉDIO DO TRT DA 14ª REGIÃO!



No dia 28/11/1996, inaugurava a nova sede do TRT da  14ª Região. Eu morava em Ouro Preto do Oeste-RO nessa época, meu pai tinha vindo me visitar do Rio Grande do Sul, fazia uma semana. Eu tinha um Santana duas portas, cinza metálico, à álcool, ano 86. Meu pai sempre viveu dentro de carro, foi motorista particular por muitos e muitos anos, nunca bateu com o carro ou mesmo o arranhou, seja no serviço ou na sua vida particular. Fazia poucos anos que eu tinha tirado carteira de motorista e queria porque queria mostrar ao meu pai como eu dirigia bem! Então havia uma viagem programada para Porto Velho-RO, onde iríamos participar das comemorações referentes a inauguração da Nova Sede do TRT 14ª Região.


No dia anterior, ou seja, em 27/11/1996, em Ouro Preto do Oeste-RO, uma tragédia tinha acontecido! O veículo em que viajava o Prefeito da cidade, Agmar Piau (PT), capotou na BR-364, e uma arma de fogo teria, por causa do capotamento, disparado acidentalmente e acertado bem no peito do então Prefeito. Fui ao seu velório como todo o cidadão ouropretense. Eu não conhecia ninguém que estava no velório. Fiquemos ali um tempo, para dar pêsames aos familiares,  depois fomos embora eu e meu pai. Uma semana antes ainda tinha acontecido uns fatos esquisitos.




Os vidros do Santana eram abertos manualmente com o trinco. Nunca tinha quebrado nada naquele carro, pelo menos comigo, foi então que quebrou o trinco de abrir o vidro do lado do motorista. No outro dia, fui a uma casa que vende  peças para carro, comprei um trinco novo, coloquei, e dois dias após tornou a quebrar. Esse fato não era comum. Então em seguida aconteceu o acidente do Prefeito Piau. Antes de iniciar a viagem para Porto Velho-RO, meu pai alertou para o pneu  traseiro do lado do passageiro do carro que estava aparecendo uma faixa branca, talvez causado por uma freada mais brusca. Disse-lhe que quando chegasse em Porto Velho-RO trocaria os pneus. Então começamos a viagem que nunca iria terminar. Tive vários momentos de avisos, mas ignorei a todos. Isso eu recomendo a todos, que escutei esses avisos, se coisas que nunca aconteceram antes começarem a acontecer então: Pare! Cuidado! Isso é um aviso!  Tudo corria as mil maravilhas na viagem, eu e meu pai no banco da frente.



Foi então que ante de chegar em Candeias do Jamari-RO, ouvi um estouro bem alto, olhei para trás e disse acho que furou um pneu, estava mais ou menos a 80 km/h, em uma fração de milésimo de segundo, antes de me virar novamente para frente, meu pai dá um berro, que até hoje ecoa dentro de minha cornucópia, gritando: - N-Ã-O  F-R-E-I-A-A-A-A!!!! Foi a mesma coisa que dizer:  - Freia. Meu pé, empurrou o pedal do freio até encostar no chão do carro. O reflexo pelo grito de meu pai, me fez pensar que eu iria bater com o carro. Então eu só via a frente do carro, voltar-se para o lado da BR. Um barulho ensurdecedor causado pela fricção do pneu com o asfalto, e um cheio de pneu queimado logo se fizeram sentir. O carro começou a virar de rodas para cima, e tornou a virar mais de uma vez, vi o céu ficar no chão e o chão ficar no céu, mantive os olhos abertos durante todo o tempo e nunca perdi a consciência. Barulhos de vidros se quebrando, latas amassando. Então o carro parou de capotar. A frente agora estava virada de volta para Ouro Preto do Oeste-RO exatamente para o sentido contrário ao qual estava me deslocando.  Perguntei se estava tudo bem. Recebi resposta afirmativa. A cabeça de meu pai estava toda ensanguentada. Pedi desculpas para meu pai. Não era bem isso que eu queria lhe mostrar como motorista. Comigo estava tudo bem! Somente tinha uma pequena dor na costela do lado direito, o que não era nada para um acidente daquelas proporções. Saímos do carro, e a primeira coisa sensata que eu fiz, foi orar, agradeci a Deus por estar vivo e por a tragédia não ter sido pior. Então mal terminei a oração, e para uma caminhonete, parecia ser tipo uma D-20. O estranho veio a mim me perguntou se estava tudo bem e se eu necessitava de ajuda, eu disse que sim, então chaveei o carro, peguei os meus pertences, subi na caçamba da camionete e em pouco tempo já estávamos nos Hospital Central em Porto Velho-RO. Depois ele se identificou como sendo o Deputado Estadual, Altair Schons, qual também estava retornando a Porto Velho-RO depois de participar do velório do Prefeito Piau, em Ouro Preto do Oeste-RO, e  que colocou a minha disposição seu motorista para me atender o que preciso fosse. Nem bem cheguei ao hospital, e já haviam dois policiais da Policia Rodoviária Federal pedindo que eu assinasse uns papéis, que na hora assinei sem pensar. Ainda estava em estado de choque pelo acontecido, e xinguei os policiais dizendo: - Primeiro as vítimas, primeiro as vítimas, que estória é essa de papel, eu me acidentei sozinho, não houve mais ninguém envolvido!! Eles não me importunaram mais e foram embora. Deixei meu pai na casa do pastor da nossa igreja em Porto Velho-RO, e fui ao TRT. Lá chegando, estava todo sujo, fui muito bem atendido pelas pessoas que ainda estavam presentes, pois já havia se encerrado a festividade e muitos já haviam ido para suas casas.  Então em pouco tempo, lá estava eu de novo, frente a frente com meu carro e o local do acidente. Tirei todos os meus pertences que tinha levado, esvaziando por completo o porta-malas. Pensava que a essas alturas o carro tinha sido todo depenado. Mas engano meu, estava tudo lá certinho. Então parou uma outra pessoa e me propôs R$5.000,00 para deixar o carro novinho em folha novamente, eu disse que por R$5.000,00 ele podia ficar com o carro, então ele me deu dois cheques de terceiros, um no valor de R$3.000,00 e outro no valor de R$2.000,00, que depositei e pasmem, tinha fundos, fui tudo certinho. Deus me abençoava mais uma vez.




Dias depois comprava outro carro um Tipo-94, 04 portas, a gasolina, na Fórmula Um, onde ficava antes o Jornal Alto Madeira,  e que atualmente se não me falha a memória funciona uma Faculdade creio que a FATEC. No mês seguinte, após meu pai melhorar das lesões em sua cabeça, fiz uma viagem a Manaus-AM de barco, no Ana Maria VIII, que veio a afundar alguns anos mais tarde. Mas essa eu conto outra ora. Até a próxima postagem!

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