A palhaçada está demais, eu estou postando essas linhas não em defesa deste ou aquele pensamento, mas exatamente contra, por uma minoria, querer que certos assuntos sejam protegidos pelo manto da discriminação, fazendo com que haja uma aberração nos tempos atuais, o que virou uma paranóia sem precedentes na história deste País.
Não se pode apagar a memória histórica de um país. Sabemos com muito pesar, do que o homem branco é capaz de fazer, exterminando civilizações inteiras, outras fazendo-as de escravos.
Não podemos fechar nossos olhos para o que aconteceu em um passado recente, referente a escravidão, qual também considero ter sido uma aberração daqueles tempos.
Até hoje há discriminação dentro de nossa sociedade, fazendo com que essa estória se prolongue ainda por muito tempo quando olhamos para o futuro.
Toda a forma de discriminação é repulsiva. Todos nós brasileiros, ou a grande parte de nós, temos em nossas veias sangues de afro-decendentes, somos uma mistura de raças, mameluco, cafuzo.
Mas o exagero, diga-se de passagem, de uma minoria, em querer punir alguma coisa escrita, criada no passado, com conotações racistas, que não havia à época, eu não concordo.
Monteiro Lobato, maior escritor infantil que o país já teve, foi durante muito tempo, nos anos 40, considerado comunista ou de idéias não condizentes com as que havia no Brasil àquela época, pelos líderes, militares que governavam nosso país, era uma paranóia só.
Agora há pouco tempo, novamente Monteiro Lobato teve que enfrentar mais uma guerra, bem depois de sua morte, por ser considerado racista em suas obras. Isso é uma paranóia que tomou conta de certos setores da sociedade que querem se autopromover às custas de outros.
Desta feita foi a vez do cantor Luiz Caldas, ser considerado racista. Depois de apresentar um projeto propondo proibir, em nível estadual, o patrocínio público para artistas de pagode que cantem músicas com letras que humilhariam as mulheres, a deputada estadual Luiza Maia (PT) investiu nesta quarta-feira contra o criador da axé music Luiz Caldas e uma das músicas-símbolo do movimento, surgido na década de 1980, Fricote, de autoria de Caldas e Paulinho Camafeu.
Sou gaúcho, tenho as minhas tradições, mas aprecio sem limites a música baiana, principalmente o axé music, que foi introduzido na MPB pelo cantor, Luiz Caldas. Ele é um gênio, essa música Fricote, na verdade uma regravação, mas que na voz e talento de Luiz Caldas, se tornou um clássico mundial, pois não há lugar nenhum em qualquer parte deste mundo, alguém que não se curve a essa música, e aos seus arranjos adaptados por Luiz Caldas, é música que coloca qualquer um para cima, é alegria, é pura energia.
Não se pode aceitar essa paranóia sem limites. Até onde irá essa palhaçada? Não tem mais fim? Concordo que se fosse criada uma música nos dias de hoje nesses termos, então aí sim, poderíamos tecer-lhe a censura, mas não em casos do passado.
Sugiro, tanto para a deputada estadual Luiza Maia (PT) da Bahia, bem como para o Ministro da Secretaria de Igualdade Racial, ao Conselho Nacional de Educação, ao Congresso Nacional, que se for considerar ofensivas as escritas de Monteiro Lobato, a música do cantor Luiz Caldas, e sendo els punidos por escrito/criado no passado, onde ainda não havia menção do aspecto discriminatório como temos hoje, então que, por coerência, criem leis capazes de punirem também os decendentes atuais dos Senhores de Engenhos, que na época dos anos 1500 e seguintes, escravizaram praticamente uma civilização negra inteira, trazida da África ou algum tipo de imposto equivalente, a ser pago por esses decendentes, revertido a entidades defensora dos direitos humanos, principalmente a de afro-decendentes.
Esses decendentes dos Senhores de Engenhos, devem estar morando em residências muito confortáveis, ou seja, continuam a usufruir da riqueza adquirida naquela época, por seus "ancestrais".
Até a próxima postagem!
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