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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AVISO! CUIDADO COM OS ESPERTOS!!!

Olha gente, só existem os espertos, porque nós damos muita bobeira.  Então, por favor, fiquem mais antenados. Não dê mole não!
Se passar por bobão às vezes, pode até ajudar em algumas situações. Mas nem sempre isso acontece! Quando você dá mole para o esperto, acontece o seguinte: Se você der a mão, ele quer logo todo o braço.

No tempo da faculdade quando estava cursando Administração de Empresas na Unisinos em São Leopoldo-RS, numa determinada noite, no final do semestre, cheguei na sala de aula de Administração & Marketing, era dia de prova,  minha primeira nota não tinha sido muito boa, e aquele dia era o dia da prova de segundo grau, caso não atingisse a média que era 6,0, na época, precisaria  fazer recuperação.


A sala estava  completamente lotada, não havia mais lugar para se sentar e eu tive que buscar uma cadeira emprestada em outra sala de aula.  É incrível como durante todo o semestre a sala permanece vazia, e no dia da prova, como num passe de mágica, fica cheia, vemos pessoas que nunca assistiram pelo menos uma aula,  e ainda por cima ficam na média sem problema nenhum. Feita a prova, fui um dos últimos a sair da sala de aula. Haviam pelo menos uns 20 colegas na mesma situação que a minha.


Então o professor perguntou se alguém poderia dar-lhe carona. Pensei, se eu der carona a ele, quem sabe ele me aliviará na nota e eu me livre da recuperação!!  Ele morava em Porto Alegre,  muito longe de onde eu estava, e eu ainda por cima morava em Canoas, ou seja levaria ele até Porto Alegre e depois teria que retornar tudo de novo para Canoas. Já passava das 22 horas.

Mesmo estando em sala de aula uns 20 colegas, mais ou menos, e sabendo que alguns deles estavam de carro, e que dentre esses uns 04 ou 05 moravam em Porto Alegre,  não vi nenhuma manifestação de alguém oferecer-lhe carona, fato que passou desapercebido por mim,  não levei muito em consideração isso, e me ofereci.
CAIS DO PORTO DE PORTO ALEGRE

 - Eu vou para Porto Alegre, o senhor que vir comigo? Perguntei ao professor, que era careca e usava uma peruca que parecia ter pego com muita pressa, creio que estava virada ao contrário, ou seja, a traseira estava na frente e vice-versa. - Aceito! Respondeu o professor! Então eu teria somente que esperar o último a sair, para iniciar a nossa "viagem" para Porto Alegre. Não demorou muito e saiu o último aluno que estava fazendo a prova, que aliás estava muito difícil, precisaria tirar pelo menos 8,5 para ficar na média e não ir para a recuperação um outro dia.  Então ajudei o professor a fechar as janelas, apagar as luzes e saímos da sala da aula.

Nessa hora, já havia saído todos os ônibus que iam a Porto Alegre. O estacionamento estava vazio, havia dois carros lá, um era o meu e o outro sei lá de quem era. Ele, o meu professor, me informa ainda no corredor que irá passar em uma outra sala de aula, tudo bem, pensei eu, quando nos aproximamos da sala de que ele iria, sai de lá mais dois professores, aliás, uma professora e outro professor. E o meu professor disse para eles que havia conseguido carona, e perguntou se eles aceitavam ir conosco, e é claro que eles aceitaram. Que cara de pau! Hein!


Eles tinham vindo de outra localidade perto de Osório, de ônibus, e como era uma sexta-feira, eles ficavam em Porto Alegre para seguir para Osório somente no outro dia. Vejam bem a malandragem do meu professor!! O que que eu poderia fazer? Se não ter que aceitar aquela situação?

Então nos dirigimos para o estacionamento, entrei no meu carro, era um Passat branco 77/78, eles também entraram, o meu professor sentou-se na frente e outros atrás, e bateram a porta do carro. Não sei porque razão esses imbecis sempre batem a porta de nossos carros quando pegam carona, parecem que querem quebrar tudo esses idiotas, me contive. E partimos para Porto Alegre.


Quando chegamos já no final da Avenida Farrapos, já passava das 23:30 horas, os professores de trás me dizem que iam ficar na Lomba do Pinheiro, em Viamão. Onde é isso? Pensei com meus botões. O meu professor respondeu, deixa que eu te mostro, continuas dirigindo! E lá fui eu, após subir, descer, e subir montanhas, de fazer curvas para esquerda, e curvas para a direita, chegamos no tal bairro. E aí onde é que vocês ficam? Já passava das 01:50 do outro dia.


Eles me apontaram uma lomba, uma subida, pensei será que essa é que é Lomba do Pinheiro? E entrei na rua, que não havia calçamento, era de chão batido, com muitos buracos, eu ainda não mencionei, sobre o peso dos professores, que fazendo uma divisão per capita  deveria dar uns 120 kg para cada um, inclusive comigo, mas eu era o dono do carro, ora bolas, podia pesar o quanto quisesse, né? O Coitado do Passat se arrastava, havia um problema na distribuição do carburador sendo que o carro não saía do lugar na subida, então tive de colocar na primeira marcha e subir até a última casa daquela rua. Eles saíram finalmente, nos despedimos e fomos embora. O carro na descida e sem o peso daqueles professores parecia mais veloz. Um verdadeira máquina.

Daí perguntei: - Onde fica a sua casa professor? - Moro lá na Aberta dos Morros, perto de Ipanema. Simplesmente, para quem não conhece, fica do outro lado de Porto Alegre, e da onde eu estava. Estava começando uma chuva forte, que de início alagou as ruas a tal ponto de começar a entrar água dentro do carro, até que em uma poça ele, o carro, simplesmente parou. Afogou o motor e o carro também.


Acho que foi naquele dia em que criei uma hérnia, mas isso eu comento em outra oportunidade. Chegando a um posto de gasolina um funcionário me ajudou e arrumou o carro, e seguimos em frente. Já passava 02:45 horas. Quando estávamos na metade do caminho para a casa do professor, vocês não vão acreditar, ele mete a mão no bolso de seu paletó e retira umas chaves, e grita! - Ôpa! Essas são as chaves do meu carro, como é que fui me esquecer que hoje eu fui de carro para a Unisinos, vamos lá Hélio, de volta para São Leopoldo, mas foi muita sorte eu estar aqui contigo né?



Olha, eu fiquei sem palavras, sem ação ou reação! Não passava nada mais em minha cabeça. Por um momento acho que desmaiei pois não me lembro de mais nada. Então o outro carro que estava no estacionamento da Unisinos era o deste paspalho, pensei. É claro, voltei tudo outra vez, deixei ele lá no seu carro e fui-me embora. Cheguei em casa beirando as 06:00 da manhã. Nem quis nem ver mais  a minha nota e me preparei para o pior, para a recuperação, estudei muito durante toda aquela semana, essa matéria era a última daquele semestre, então nada mais me interessava. Pra pôrra todo mundo! Nunca mais vou dar carona para ninguém, nem por causa de nota, nem por causa de nada, pensei!

Tinha me preparado para ganhar um 10. Fui para a recuperação cheguei cedo, desta vez tinha ido de ônibus, já para evitar qualquer "ajuda" ao professor. Quando chegou o início da prova de  recuperação, tinha uns 15 colegas em sala de aula. De repente chegou o professor, me chamou num canto e me disse: - Meu caro, o que tu veio fazer aqui hoje? - Eu vim fazer essa prova de recuperação! Respondi seco. - Olhe aqui tua nota! Continuou. Nem acreditei, tinha tirado naquela outra prova os 8,5 de que tanto precisava. Nem queiram saber de minha alegria. Fui embora contente.

É pessoal, na vida nem tudo são flores. Até a próxima postagem!

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