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sexta-feira, 26 de julho de 2013

AMIGOS HAITIANOS, QUE DEUS OS ABENÇÔE!

 
 http://taylor-thisdangerousearthblog.blogspot.com.br/2011/01/haiti-has-most-fatalities-but-not.html
 
Após entalar numa máquina de ressonância em Ji-Paraná/RO tive que ir à Porto Velho-RO. Chegando lá, para minha surpresa, a máquina era do mesmo tamanho, mas a forma de entrar com um braço levantado fez toda a diferença. Mas confesso que dá um mal-estar na gente. Minha respiração ficou mais ofegante e o coração disparou, parecia que eu estava dentro de um túmulo, e que iria morrer a qualquer momento. É uma sensação de claustrofobia. Exame realizado. Voltei para Ji-Paraná/RO de ônibus. Peguei a poltrona 35, e observei que dali para trás viajavam um grupo de 07/08 haitianos.
 
 http://asboasnovas.com/mundo/brasil_enviara_ajuda_financeira_e_alimentos_para_o_haiti/

Perguntei de onde eles eram, e eles ficaram se olhando e rindo de mim, pois não entendiam o que eu estava falando. Mas continuei, dizendo que deveria ser muito triste sair de um país devastado pelo terremoto, e eles davam gargalhadas não entendo bulhufas o que eu estava dizendo. Mas, se pensar assim, eu também não entendia o porquê de tantas risadas deles, que falavam alguma coisa de mim, mas o quê especificamente eu não sabia. Então, o rapaz atrás de minha poltrona me disse não entender português, e que falava somente francês e também arranhava um espanhol. 


 
 http://mrandmrsjonesblog.blogspot.com.br/2013/04/country-profile-haiti.html
 
Dai eu perguntei qual deles hablava french, e mais uma vez caíram na risada, pois eu havia misturado propositalmente duas outras línguas. Perguntou-me o meu nome em inglês, ao passo que, também em inglês ele me disse o seu nome era Matle. Bom, já era um começo. Tanto ele quanto, nos esforçávamos para entender um ao outro. Então, com a ajuda de um bloco de notas e uma caneta, comecei a me fazer entender e ele também. Perguntei sobre a vovuzela, eles não sabiam de nada, continuei, South Africa, Nelson Mandela. E eles deram ok, mas que não tinham nenhuma vovuzela.


http://atlantablackstar.com/2012/12/16/haiti-gets-new-luxury-hotel/
Ele me disse que iam todos para São Paulo. Disse-lhes que a viagem para São Paulo duraria uns 3 dias e que lá em São Paulo o time que deveriam torcer era o Corinthians. Eles me disseram, ok!  Eu lhe disse que lá é muito perigoso. Orientei-os para que não se separasse, e que andassem sempre juntos. Eles me agradeceram a orientação. Matle é eletricista desses de colocar energia em postes. Deve ir procurar trabalho nessa área. Disse-lhe que mesmo que falássemos línguas diferentes e de que tínhamos culturas diferentes, todos eram God's sons, no problem if poor or rich, if black or white. Eles entenderam e concordaram. Ainda hoje há o preconceito muito forte contra a presença dos haitianos no Brasil. A nossa pior situação aqui no Brasil, nem de longe se compara pelos problemas enfrentados por eles, os haitianos.

 
 http://renatovargens.blogspot.com.br/2010/10/surto-de-colera-no-haiti-voce-pode.html

Disse que eu era uma mistura de Mr. Bean com Oliver Hardy do Gordo e o Magro e eles também entenderam. Perguntei se eles estavam com fome. E eles disseram que sim. Chegando em Jaru dei pastel para eles e dois pacotes de biscoitos. Todos me agradeceram. Eles são muito educados. Contaram-me que perderam casas e parentes no desastre lá no Haiti, que as praias de lá também são quentes, como a de João Pessoa-PB. É tristeza misturada com alegria. Alegria de estarem vivos. Disse-lhes que a viagem para São Paulo duraria uns 3 dias. Viajam sem crianças o que é uma vantagem. Elogiei o país deles pela beleza. Perguntaram-me de qual religião eu era. Eu respondi-lhes: I'm Lutheran Church. Então perguntei qual era a deles.

 
 http://www.blognovasideias.com/2010/01/so-depois-da-desgaca.html

 Pelo que entendi tratar-se de igreja cristã. Mas continuei perguntando se eles tinham vodoo e fiz sinais de que estava espetando agulhas em meu braço, eles riram, pois entenderam, porém negaram serem praticantes do vodoo. Na hora de me despedir deles, em inglês. Mr. Matle me disse que eu já fazia parte de sua família, e eu retribui ao elogio, dizendo que todos nós éramos uma grande família. A big family! Terminei cumprimento um a um dizendo: - God bless  you! Dei meu telefone a eles para caso de alguma emergência. Não creio que se meterão em confusões. Um povo sofrido, mas que tem na sua fé e na alegria, a busca de novas energias para enfrentar o desconhecido. Espero que sejam felizes e que dê tudo certo na passagem deles pelo Brasil. Que Deus os guarde! Até a próxima postagem!

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