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Hoje como minha rotina. Acordei, tomei banho e fui trabalhar. Peguei o ônibus, andei umas 5 ou 6 quadras não sei bem, e já desci. Poderia ter ido a pé mesmo para o trabalho, de tão perto. Mas caso eu tenha um esforço mesmo que seja mínimo me deixa todo encharcado de suor. Cheguei ao trabalho com 30 minutos de antecedência, tempo mais que necessário para tomar café, ou seja, tomar o meu activa com granola. Desempenhei minhas atividades a contento, sem deixar nada pendente para o dia de amanhã. Ao final do expediente, bati o ponto e me dirigi para casa. Estava até então tudo bem. Mas ao chegar de volta, para minha surpresa lá se encontrava a Majestade o Sabiá me esperando. Sim, isso mesmo, o mais arrogante, o mais curioso, o mais chato Sabiá, digo, Majestade. A Majestade o sabiá simplesmente não tem nocão daquilo que provoca nas outras pessoas, pelo menos para mim.
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Não aceita que o tempo tenha passado. Ainda se considera a verdadeira Majestade, e tenta impor que os pardais que encontram-se a sua volta, para sua glória, cantem lindas sinfonias. Tem cem anos para que o pardal aqui vá cantar qualquer sinfonia como obrigação imposta pelo arrogante sabiá. O Sabiá veio para ir. Veio, mas essa vinda ele não iria deixar barato. Já logo de saída impôs toda a sua arrogância quando mencionou tirar isso, tirar aquilo. Tudo bem, porque eram bens que lhe pertenciam e isso eu não me opunha que os levasse embora. Então, foram contratados outras aves que eram bem experientes naquilo que faziam. Na verdade eram os melhores de sua espécie.
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Eles vieram vieram, fizeram o serviço e foram embora. Nada ficou para trás, o principal, os acessórios, os canos e até os parafusos foram devidamente retirados e armazenados em local de fácil locomoção. O arrogante sabiá disse que ele mesmo poderia ter feito tudo sozinho, ao passo que quando interpelado pelo pequeno periquito sobre o perigo de estragar alguma coisa, respondeu que caso estragasse alguma coisa, ele mesmo haveria de adquirir tudo novo, pois recursos financeiros não eram problemas para ele.
Mesmo depois que tudo foi retirado e guardado ele foi lá e deu uma olhada. Acompanhou os outros, acondicionou no seu ninho as peças. E, retornou, antes de sair para buscar algum alimento, pediu mais um tempo, e foi lá novamente verificar. Eu a tudo observei sem falar nada, mas percebi a curiosidade do arrogante sabiá.
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Pois bem, o sabiá queria também levar aquilo que era meu. Isso não! Ah Não! Em paz eu estava, em paz quero ficar. Mas a harmonia foi quebrada pelo arrogante sabiá. Sem cantar nenhuma sinfonia eu o interpelei. - Quer levar o meu também? -- Quem sabe o ninho todo? - Será que vossa majestade se contentaria? Ou ainda assim estaria faltando alguma coisa, talvez a minha alma? Sei lá! Não posso imaginar o que se passa por dentro daquela cabeça podre de sentimentos de curiosidade, de inveja, de maldade, enfim, não reconheci aquele sabiá como verdadeira magestade. É meus amigos. Aos 52 anos ainda tenho que aguentar essas coisas, até quando isso ocorrerá? Mas tudo bem! É sou eu voar para outra árvore que tudo bem. Afinal, ainda que ele seja a Magestade o sabiá, não chega nem perto de um falcão peregrino. Até a próxima postagem!
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