Ilustração:
Arquivo particular.
Ainda comentando sobre o curso de Gestão do e. TRT da 14ª Região, ministrado pelo renomado professor Clovis. Em uma relação, seja ela dentro de uma empresa, seja em nossa própria vida pessoal, temos que aprender a aprender. A tecnologia nos engoliu. O tempo parece estar passando muito rápido. A verdade é que a rotina nos faz deixar de sentir o sentimento. Não demos importância para as coisas óbvias, fáceis de se lidar, mas quando fazemos alguma novidade, nossa! Parece tudo novo! O tempo parece compreender uma eternidade, o que acontece? É que nossos sentidos estão experimentando algo novo. Quando estamos aprendendo a dirigir por exemplo. A primeira vista nos parece ser algo impossível de se fazer, pois ao mesmo tempo em que se tem que pisar no acelerador, também tem que frear, trocar as marchas, e observar o movimento dos outros carros, olhar nos espelhos retrovisores, central, e dos dois lados do carro, e ainda olhar para frente para não errar o caminho. Nesse momento, nossa cabeça, nosso cérebro está experimentando algo totalmente novo, em tudo se presta muito atenção, o cérebro trabalha procurando obter o maior número de informações possível, o tempo parece não passar. Após alguns anos, você não mais se preocupa em observar todos os detalhes, os faz quase que de olhos fechados, pois aquilo já virou rotina, e você não utiliza mais o seu cérebro para obter informações, elas já foram absorvidas por ele. Então parece que o tempo anda mais rápido, pois ele, o cérebro, não foi usado. Isso acontece também quando vamos a um lugar diferente.
Ilustração:
Arquivo particular.
Vejamos o exemplo que o professor Clóvis nos deu. Ele e sua família foram fazer uma excursão de um dia às Cataratas em Foz do Iguaçu/PR. Saíram de manhã bem cedo, em Esteio-RS, deixaram o cãozinho dormindo no tapete da área da frente. Dirigiram-se ao aeroporto, pegaram um avião, desceram em Foz do Iguaçu. Chegaram tão cedo que o Parque das Cataratas ainda não havia sido aberto a visitação pública. Esperaram. Enquanto esperavam olhavam toda a paisagem que os cercava. Os bichos, os quatis, macacos, pássaros com seus lindos cantos e a diversidade da flora. Após abriu o parque e lá se foram eles. Visitaram tudo com o guia turístico. Deslumbraram-se com as cataratas, o imenso volume de água, e de nevoeiro formados pela força da queda da água. Depois ao saírem, almoçaram. E, notaram que ainda estava muito cedo. Então ultrapassaram a Ponte da Amizade, e foram conhecer o outro lado, no Paraguai, fizeram compras, se divertiram. Voltaram. Pegaram o avião desceram em Porto Alegre-RS e se dirigiram novamente para sua casa, ao chegarem lá, o cãozinho ainda estava no mesmo lugar, deitado no tapete da área, e todos ficaram maravilhados se perguntando, como é que de manhã estavam em Esteio-RS, foram a outro Estado, conheceram as Cataratas do Iguaçu, viram tanta coisa bonita, fizeram compras em outro país, e agora estavam em casa novamente, parecia que aquele dia não tinha mais fim. Isso, acontece porque nosso cérebro vê somente coisas novas, daí ele fica processando todas as informações visuais, auditivas, sinestésicas, ele trabalha muito, e enquanto isso, tem-se a sensação de que o dia é maior, que o tempo se elasteceu, mas é tudo engano, o tempo não mudou em nada, o que mudou foi a perspectiva de ver o mundo de maneira diferente. No trabalho também acontece algo semelhante de modo diferente. Após alguns anos de aprendizagem, nós realizamos nossas tarefas de uma maneira automática, pois o aprendizado antigo, já virou rotina, então parece que a hora de saída não chega nunca para irmos embora para nossa casa.
Ilustração:
Arquivo particular.
O inverso também é verdadeiro, caso olhássemos de uma maneira diferente, de uma perspectiva diferente para nosso trabalho, para nosso chefe, para nossos colegas, para nossas tarefas, o tempo passaria mais depressa. Um exemplo? Você já faz há muito tempo suas tarefas, então ao imprimir um ritmo mais veloz para realizá-las, você as termina, e agora? Tem que esperar até chegar a hora de ir embora, e parece que até os minutos duram uma eternidade. Por outro lado, caso você comece a realizar algo de uma maneira diferente, com outra visão, então você estará em constante aprendizagem, e quando você vê, já chegou a hora de ir para casa e ainda falta outras tarefas para serem realizadas. Logo, temos que aprender a aprender. Quando estamos na zona de conforto não realizamos mais as nossas tarefas de uma maneira que nos cause prazer, e sim cada tarefa realizada é enfadonha para nós, cansativa. Temos que achar o desconforto para daí sim, novamente entrarmos em ritmo de aprendizagem, dando ao nosso cérebro a possibilidade de trabalhar um pouco na busca de novas informações para desempenhar novas tarefas. Temos muitas vezes que inventar uma crise tanto no presente como no futuro para buscar novas soluções. Um exemplo? Considere que você tenha uma fábrica de celulares. Agora imagine que daqui há 03 ou 04 anos, ninguém mais use o celular tal qual como nós o conhecemos. O que fazer? Ora, elabore estudos para a criação de um novo tipo de celular com tela maior, em que a pessoa que fala vê pelo celular a outra pessoa, ou invente um que que possa reproduzir aromas, ou desenvolva um chip que funcione como celular em você etc. Sei lá invente! As empresas que não mudam tem a tendência de desaparecer em um mercado cada vez mais competitivo em face da globalização. O mundo exige mudanças e rápido. A principal delas é que não se pode mais esperar a decisão do chefe para que um problema seja resolvido, é você quem deve resolvê-lo, ou pelo menos tentar, dando sugestões, ajudando de alguma forma.
Ilustração:
Arquivo particular.
Os novos líderes não são mais os supervisores, os chefes de seção, os novos líderes são todos os empregados que agem de forma proativa fazendo a diferença em seu próprio ambiente de trabalho. Faz pouco tempo que liderança não tem nada a ver com chefia. Inclusive muitas teorias antigas com base nos ensinamentos de Taylor ou Fayol, deverão serem reescritas por não se adequarem mais a realidade dos novos tempos, não atendem mais as necessidades que outrora foram objetos de estudos científicos, mas que agora se tornaram obsoletas para as próximas gerações. Um exemplo histórico de não se querer mudanças, é a Revolução Francesa, os líderes não mudaram, o povo resolveu tomar as rédeas do poder e promover as mudanças tão necessárias para o desenvolvimento do povo daquela época. Caso não haja nenhuma estratégia, um plano tático para começar a realização das mudanças elas poderão se tornar agressivas, revolucionárias. Já quando há um planejamento para a execução de mudanças, essas se tornam uma evolução, sendo pacíficas e organizadas. Quanto ao tempo, ah sim, o tempo, você é quem o faz ficar mais rápido ou mais lento, cabe a você tomar a decisão. Até a próxima postagem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário