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domingo, 16 de setembro de 2012

GESTÃO ESTRATÉGICA!



















 
Ilustração:
Arquivo particular.



O TRT 14ª Região atendendo a lei que determina as empresas públicas a qualificar seus servidores com ênfase nos serviços públicos, com muita propriedade iniciou mais um curso de Desenvolvimento Gerencial com Ênfase em Gestão da Mudança e Gestão Estratégica. As boas vindas e a abertura do evento foi dada pela Excelentíssima Presidente do E. TRT da 14ª Região Dra. Vania Maria da Rocha Abensur, e o curso foi ministrado pelo brilhante professor, instrutor e agora amigo, Dr. Clovis Fernandes Oyarzabal. Apesar do nome do curso ser algo quase que indecifrável para pessoas não ligadas à área de atuação, na prática, viu-se as inúmeras oportunidades em que podemos estar sempre melhorando, melhorando em nossa visão de mundo, em nossa visão enquanto servidores, nossa visão enquanto pessoas em nossos relacionamentos com os outros.


















 
Ilustração:
Arquivo particular.


O TRT 14ª Região está de parabéns, por proporcionar aos seus servidores um curso em que irá com toda a certeza, fazer com que cada servidor seja um "resolvedor de problemas" quando estes aparecerem dentro de nossa administração, e não fiquemos de braços cruzados na esperança de sua resolução por um Diretor ou mesmo um Juiz, enquanto ao mesmo tempo em nossa própria relação familiar também possamos a cada dia que passa melhorá-la a tal ponto de envolvermos todos, nossas famílias, amigos, colegas de trabalho, colegas de faculdade, enfim, todos mesmo, nessa melhoria constante, a fim de que possamos ter uma sociedade mais humana, mais justa e mais solidária. Foram muitos aspectos abordados no curso, afinal foi uma semana inteira de debates, de palestra, de ensinamentos que não posso guardá-los só para mim, isso seria muito egoísmo de minha parte. Se quero realmente ver um mundo melhor, transformado, e pessoas fazendo o melhor de si, colegas ajudando outros colegas, então tenho que dar a minha contribuição não só no meu trabalho ao atendimento dos jurisdicionados ou de meu cliente, mas também divulgando o que aprendi para que outras pessoas que também estiverem realmente interessadas, possam mudar para melhor seus relacionamentos pessoais ou mesmo profissionais. O curso foi ministrado pelo Prof. Clovis, gaúcho, de Esteio-RS, e colorado, assim como eu. Ele iniciou  sua carreira no Grupo Gerdau em 1973, chegando ao cargo de Executivo de Recursos Humanos/Qualidade Total em 1982 onde permaneceu até 1994. Foi o pioneiro na implantação do Controle de Qualidade no RS e participou da fundação da AGQ-Associação Gaúcha para a Qualidade entre outras. Do Japão ele trouxe na bagagem uma série de inovações e de conhecimentos os quais agora também disponibiliza aos seus clientes. O Brasil, assim como o resto do mundo, tinha muito interesse em saber como é que o Japão, após duas bombas atômicas, tinha conseguido se reerguer e se tornado em uma das maiores potencias mundiais. Lá foi ele, com uma comitiva de empresários, estudar, se especializar, enfim, observar in loco para ver tudo o que poderia contribuir para nossa sociedade, as idéias e conhecimentos japoneses, de sua indústria, de sua economia, do modo de como os trabalhadores de lá agiam, como eram geridos, o quê e como era feita essa gerência. Fiz algumas anotações, sendo que aqui, começa um resumo daquele curso (10 a 14/09/2012) as fotos são do curso e para homenagear todos os colegas participantes desse grandioso evento que ficará marcado para sempre em nossas vidas:

















 
Ilustração:
Arquivo particular.


Disse-nos o Prof. Clovis  que, ao chegar em uma fábrica japonesa, foi abordado pelo seu instrutor, do tradutor, o dono da fábrica e outros funcionários. A distância que separa o pessoal do cargo mais alto ao do cargo mais baixo é mínima. Todos ficam muito próximos uns dos outros. Não existe dificuldades em se chegar ao chefe ou ao dono da fábrica, ao contrário do que acontece no Brasil, ou acontecia há tempos atrás, mas que isso agora está mudando, onde o empregado operacional, que encontra um determinado problema, deve se reportar ao seu chefe imediato, e este por sua vez a um supervisor e assim por diante. Lá é o próprio operário que irá, primeiramente e devidamente treinado, resolver o problema. Começa aí as diferenças entre o sistema padrão de trabalho japonês com o brasileiro. Um dos funcionários que havia sido destacado para levá-lo a todas as partes da fábrica, mostrou a ele, em um quadro na parede onde constava a foto deste, ao lado de muitos outros, tendo muito orgulho de ter a sua foto ali gravada, na parede da fábrica, como a dos outros funcionários. Lá os funcionários começam a trabalhar em uma fábrica e ficam uma eternidade, só saindo após a aposentadoria ou mesmo por morte. Casos em que haja uma demissão, isso é motivo para horas e horas de reuniões, e após a demissão esse assunto corre a fábrica por muitos dias, pois isso lá não é comum. Aqui no Brasil a rotatividade de mão-de-obra é muito grande,  é exatamente ao contrário do que acontece no Japão. Aqui se uma pessoa fica muito tempo em um determinado emprego pode ser considerada como puxa-saco, ou aquele que puxa o tapete dos outros etc.

















 

Ilustração:
Arquivo particular.

 Nas empresas brasileiras é comum de muitos empregados nem conseguirem exercer o seu período de contrato de experiência, e nas paredes das fábricas vê-se também fotos, mas essas são dos Ex-Diretores, Ex-Presidentes etc. Nunca você viu alguma foto de funcionário nas paredes de nossas fábricas. A simples colocação de uma foto do operário na parede mais importante da fábrica lá no Japão, torna-o muito importante, tanto para ele como para sua família, e isso faz com que ele sinta que a empresa é uma extensão de seu lar, e faça os consertos necessários nela, assim como faria em sua própria casa. Eles mesmos fizeram muita graça  com essa relação, dizendo que o Brasil, com o atual sistema de gerência nas empresas, nunca chegaria nem mesmo perto do Japão. É uma tristeza ouvir isso, mas convenhamos, é a mais pura verdade. Depois de ter estudado os mais diversos setores da fábrica, suas relações de comunicação, seus conhecimentos. Clovis pediu para que lhe fosse oportunizado conviver também com o operário japonês em seu lar, junto com sua família. Ele queria observar não só como o operário se relacionava na fábrica, mas em sua própria casa, com os seus familiares, queria ver se aquilo era somente uma fachada ou se aquele modo de vida era realmente o que acontecia. Então ele fez uma amizade com um operário e foi-lhe oportunizado ir em sua casa. O que se viu foi algo realmente surpreendente!  O operário agora chefe de família, chega em casa. Sua mulher já lhe preparou a janta. Os filhos ficam sentados na sala. Antes de jantar porém, a mulher lhe pergunta pelo dia em seu trabalho, ao que após sentar-se na poltrona na sala, ela, a mulher e os filhos são todos ouvidos para lhe escutar: - Hoje o dia lá na fabrica foi incrível! - Não houve nenhum acidente! - Ganhei um elogio do chefe! - Hoje produzimos 5%  a mais do que a semana passada! - E temos muito orgulho de ter um brasileiro em nossa casa, em nosso lar! E, por aí vai...! Note que enquanto o operário japonês está falando todos os membros da família estão a lhe ouvir, e o que ouvem? Só ouvem coisas boas, coisas positivas ocorridas naquele dia na fábrica. O que será que seus filhos serão? Serão, assim como seu pai, trabalhadores entusiasmados! Agora, vamos traçar um paralelo e vejamos como seria aqui no Brasil? O chefe de família chega em casa, cansado, e quando a sua mulher vem e lhe pergunta: - Como foi o dia hoje? A resposta geralmente é: - Uma desgraça! - O chefe, aquele burro, quem ele pensa que é me xingou. - O supervisor também é um babaca. - Os colegas não me ajudam é só tristeza! Viram? Notaram a grande diferença? E, caso tenha filhos ouvido as lamúrias do operário brasileiro, você acha que ele, o filho gostará de ir trabalhar? Mas, como gostaria se trabalhar tendo só coisas negativas? A nossa mentalidade, a brasileira, em relação a trabalho, tem que mudar e mudar com urgência. Na fábrica visitada havia mais de 7.000 trabalhadores, e todos são resolvedores de problemas. No Brasil se você quiser se mexer para resolver um problema, já logo perguntam: - Quem é esse? - Tu não sabe fazer nada. - Sempre foi feito desse geito. Lá no Japão a cada boa idéia nova uma é colocada em prática, aqui se abafa as idéias dos empregados, dizendo que são sem estudo, que não tem preparo etc. Devemos mudar os nossos procedimentos urgentemente se quisermos fazer frente a globalização que está aí, caso contrário voltaremos a ser novamente colônia das grandes potencias econômicas. Esse foi só o resumo de uns dez minutos de aula. Não tenho e nem é o objetivo de reproduzir tudo o que lá no curso foi discutido, mas os assuntos principais de maior relevância esses sim eu os abordarei aqui. Para dizer a verdade todos os assuntos foram de muita relevância. Até a próxima postagem!

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