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domingo, 1 de fevereiro de 2015

VISITA AO VALE DOS DINOSSAUROS EM SOUSA-PB!


 
http://www.paraibatotal.com.br/noticias/2013/08/26/84272-pbtur-e-ufpb-abrem-inscricoes-para-cursos-na-cadeia-produtiva-da-hospitalidade


Toda a vez que eu, em férias, chego no Centro Turístico na linda praia de Tambaú, em João Pessoa-PB, e observo a propaganda do Vale dos Dinossauros em Sousa-PB, eu penso que esse ano sim irei ver as pegadas daqueles animais pré-históricos petrificadas na lama aproximadamente há 143 milhões de anos atrás. Pois bem, basta eu eu me virar e olhar para aquele mar todo azul do Oceano Atlântico que logo logo digo, pra porra com esses dinossauros, vou é ficar aqui nessa praia linda. Daí quando chega o término das férias vem o arrependimento e quase choro: - Por que que eu não fui ver o Vale dos Dinossauros? 


 
http://sergioturismo.blogspot.com.br/p/sertao.html


Então, 2015 finalmente tomei essa atitude. Mas confesso que a princípio não foi nada assim tão programado como deveria ser. Sai da casa de meu sogro para fazer o jogo da mega sena e retornar para casa. Só isso. Saí do Colinas do Sul. Peguei ônibus que passava pelo Rangel/Epitácio e que fosse até a integração do Centro no Varadouro. Chegando lá, fiz os meus cartões, naquele centro comercial. E como estava perto da rodoviária, fui até lá só para perguntar o preço da passagem e qual não foi a minha surpresa ao saber que dentro de 15 minutos iria sair um ônibus para Sousa-PB, então pedi uma passagem, foi a última. Número na poltrona? 13! Sim foi o número treze. Azar de uns, sorte de outros. 

 
http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Luiz+Gonzaga&ltr=l&id_perso=129


A imagem que tinha do sertão no agreste da Paraíba era aquele desde antes de meu nascimento, anunciado pelo inigualável Luiz Gonzaga, o Gonzagão, no clássico da música mundial ASA BRANCA:


Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47081/




 
Arquivo particular. Trecho entre João Pessoa-PB e Campina Grande-PB


Imaginava tudo seco sem  nenhum sinal de verde na paisagem. Porém, não foi isso que eu vi. Não que tenha me decepcionado pela desgraça alheia não, não é isso. Muito pelo contrário, vi muita vegetação verde em todo o sertão paraibano. É claro que tem muitas áreas sem pastagem nenhuma e isso é comprovado no trecho da viagem entre João Pessoa-PB e  onde há a maior festa de São João do mundo, Campina Grande-PB por exemplo,  o que vê é paisagem sem nenhuma pastagem, só terra. Morros, montanhas etc sem nem um sinal de mata verde, é tudo seco, bem seco, até que não é o termo certo, pois pode se ter o seco mas com alguma pastagem, e por aquela região é um deserto só. Uma cobra por exemplo pode ser identificada à quilômetros de distância tamanha desertificação encontrada por ali. Entramos em Campina Grande-PB, a impressão que se tem vendo de longe é que parece ser uma grande São Paulo bem no meio do Sertão. 


 
Arquivo particular. Campina Grande-PB


Após a cidade de Campina Grande-PB, ou seja, quanto mais na parte de dentro do agreste paraibano, começa a paisagem se modificar. Começa a aparecer mata verde, pastos, campos. O que para mim foi uma surpresa. Observei algumas plantações de cactus com cercado e tudo. Não sei se é para alimentar o gado ou para outra função.


 
Arquivo particular


 Chegando em Soledade-PB, hora da janta, 18h. Liguei para esposa para avisar o meu sogro de que eu não iria voltar para casa com o jogo da megasena, pois estava rumando em direção à Sousa-PB para ver as pegadas dos dinoussauros. Ao meu lado o sr Luiz que depois se identificou como sendo meu vizinho do Valparaiso, me explicava sobre a desertificação, sobre os dinossauros etc. 


 
Arquivo particular. Soledade-PB


Por exemplo, que o problema de seca no sertão vem de há muito tempo, então no tempo dos militares, foram buscar a "grande solução" no Peru, uma árvore chamada pelo nome de Guariroba ou algo parecido, que era a única coisa que sobreviveria no sertão. Mas acontece que essa tal cultura, para se manter buscava água com suas raízes mais profundas o que fez com que além do problema não ser resolvido ainda teve o seu agravamento. Com relação ao Vale dos Dinossauros, senhor Luiz me adiantou algumas informações, entre as quais que o neto do dono daquela área ainda estava por lá, se chamava por Robson mas era mais conhecido pelo codinome "Velho do Rio". Meu amigo, sr Luiz desceu uma cidade antes da do meu destino, em Pombal-PB. Cheguei em Sousa-PB exatamente às 22h. 


 
Arquivo pessoal. 


Desci do ônibus de bermuda, ou seja, não me preparei para essa viagem. Logo em seguida, um motorista de taxi me abordou perguntando se eu queria taxi. Respondi que não, que eu era dali e que não precisava não. Agora vejam só. Como é que eu queria que acreditassem que eu seria dali sendo gaúcho com sotaque rondoniense? Pois bem, muita iluminação na cidade. Sai da rodoviária e visei a avenida principal à esquerda. E fui indo para encontrar uma pousada, um hotel. Andei duas quadras, mas o que eu vi foi uma funerária. Então, eu voltei, passei novamente pela frente da rodoviária onde está o Hospital Regional e andei mais duas quadras, e novamente encontrei outra funerária. Pensei, o povo aqui morre mesmo hein? Voltei para a rodoviária. Fui atendido por uma senhora que trabalha na rodoviária. ela me indicou um taxista.


  
Arquivo pessoal.

Com o taxista, sr. Gilmar, parece esse o nome, marquei de me pegar dia seguinte lá pelas 07h30min para irmos ao Vale dos Dinossauros, enquanto ele me deixava na pousada Carrapicho do seu Aníbal (acho que é esse o nome). Eu recomendo essa pousada bem na verdade vou fazer propaganda dela em outra postagem específica. Com uma diária de apenas R$30,00 o quarto tinha três camas, uma de casal e duas de solteiro. Condicionador de ar, TV, banheiro, ventilador. Muito bom mesmo. Como eu estava com muita sede, comprei ao lado, num restaurante, um litrão de pepsi e um de água de côco. Essa foi a minha sorte, já explico. De volta ao quarto tomei um merecido banho e fui dormir. Já de madrugada fui ao banheiro, estava com a bexiga bem cheia, e para meu azar havia uma perereca com aqueles olhos pretos voltado para a porta e pronta para pular em mim, já postei sobre o meu pavor de pererecas: http://heliosilvars.blogspot.com.br/2012/01/voce-gosta-de-mato-nao-va-la.html


   
Arquivo particular.


O que eu poderia fazer? Não tinha nada para cortar a garrafa de pepsi, dai me veio a grande idéia. O buraco da garrafa de água de côco era bem maior do que da garrafa de pepsi então eu fiz o meu banheiro na garrafa de água de côco pois a abertura era maior e transferia cuidadosamente para a garrafa pet da pepsi. Assim passei a noite, mas sobrevivi. As 07h acordei tomei banho, a perereca não estava mais lá, higiene completa era hora do café. Fui na cozinha, e eu mesmo me servi.


 
Arquivo particular.

Chegou o taxista e fomos embora. Antes passei na farmácia Santa Luzia e comprei um emagrecedor infalível que emagrece até 07 kg por semana. Chegamos na porteira da fazenda onde esta o Vale dos Dinossauros, o guarda foi abrir para minha entrada. Logo, existe à esquerda uma estátua em tamanho real do dinossauro existente ali por aquelas paragens. Depois conheci o museu e tudo me mostrou o guia Fábio, parece ser o nome. Logo em seguida o guias me leva para ver as pegadas propriamente ditas. O taxista ficou esperando. R$50,00 ida e volta e ficou à minha disposição o tempo todo. 


 
Arquivo pessoal.


Também recomendo o sr Gilmar, taxista para esse tour. Vi as pegadas. É inacreditável que há milhões de anos aqueles animais pré-históricos estiveram por ali. Disse ao guia que em algum lugar do passado aqueles dinossauros ainda estava por ali gritando, caminhando, que nós não podíamos vê-los, pois estão em outra dimensão, mas que eu podia até sentí-los por perto, muito incrível isso. 

Arquivo particular.


O rio teve que ser desviado pois estava desgastando as pegadas que foram petrificadas com o tempo. Pegadas de boi e de ema, foi assim que o avô do sr. Robson definiu aquele lugar. Notícias correram e um estrangeiro tirou umas fotos ainda naquelas máquinas lambe-lambe e na Europa constatou-se que as pegadas era na verdade de dinossauros e que aquele tinha sido um achado histórico. Tem pelo menos duas pegadas faltando, uma foi para a Inglaterra e outra para os EUA para estudos.

 
  
Arquivo particular.


Um brasileiro viu a pegada no museu dos EUA em que dizia se tratar de pegada de dinossauros encontradas na Paraíba, Brazil e veio confirmar in loco. Depois, fui falar com o Velho do Rio, sr Robson que me contou em detalhes toda a histórias. Batemos um longo papo. Muitas redes de emissoras internacionais já o entrevistaram, inclusive o Pedro Bial da Rede Globo e que apresenta o Big Brother Brasil.


 
Arquivo particular.

Comprei uma peça, uma camisa e um livro escrito pelo poeta Robson (Velho do Rio) que ele autografou para mim, e ganhei de presente um desenho feito pelas próprias mãos dele. Muito legal isso. Senti-me muito honrado com esse presente, pelo tempo dedicado às explicações dele.



 
Arquivo  particular.


 Falei que era para ele se cuidar, pois aquele lugar tem um preço inestimável. Ele concordou comigo. Que já estão de olho em todo aquele lugar. Ele elogiou o prefeito e o governador, mas solicita uma maior atenção àquele lugar que deve se tornar um patrimônio da humanidade devido ao seu valor histórico.


Arquivo particular.


E isso é um dever do governo brasileiro em lançar aquele pedaço do Brasil como de ponto turístico obrigatório a todos que amam a arqueologia e a paleontologia. Pois, há muitas camadas abaixo daquelas encontradas dos dinossauros que viveram há cerca de 110 milhões de anos. Podem existirem pegadas de milhões de anos antes dos próprios dinossauros que o homem ainda nem conhece a sua existência.


 
Arquivo particular.


 Mas tem que haver o interesse dos governos em dirigir para lá os seus cientistas para desvendar o lugar, mas como esperar isso de nossos governos, que não estão nem aí para a segurança pública, a saúde e a educação? Vi também, o tal do carcará (sanguinolento que o sinhozinho Malta, interpretado por Lima Duarte, se referia na novela Roque Santeiro) e que também Elis Regina cantou em prosa & verso: 

 
Arquivo particular.

Carcará, pega mata e come
Carcará, não vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que hôme
Carcará, pega mata e come

Carcará, lá no sertão
É um bicho que avôa que nem avião
Ou é um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará, quando vê roça queimada
Sai voando e cantando, Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada

Mas quando chega o tempo da invernada
No sertão num tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim não passa fome
Os burrêgo que nascem na baixada

Carcará, pega mata e come
Carcará não vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que hôme
Carcará, pega mata e come
Carcará, é malvado é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrêgo novinho não podem andar
Êle pega no umbigo inté matar
Carcará...
Link: http://www.vagalume.com.br/nara-leao/carcara.html#ixzz3QWrnlYLT


 
Arquivo particular.



 
Arquivo particular.


 Arquivo particular.


 
Arquivo particular.


  
Arquivo particular.


 
Arquivo particular.

 
Arquivo particular.


O Velho do Rio jogou uma ração para o chão para me mostrar o Carcará. Logo, veio um. Bem posudo, pegou a bolacha e olhou para os olhados. Outro veio e tentou tirar a bolacha dele então os carcarás voaram para longe. Muito lindo aquele bicho Carcará que pega, mata e come. Passeio mais que perfeito.

 
Arquivo particular.


Plenamente realizado o meu sonho em conhecer o Vale dos Dinossauros. Voltarei lá em outras oportunidades com certeza. Assim encerrou-se minha visita por Sousa-PB. Até a próxima postagem. Texto digitado por Ubiratan Carvalho

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