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sábado, 19 de novembro de 2011

SABER O PASSADO,VIVER O PRESENTE PARA CONSTRUIR O FUTURO!

Todos nós temos problemas, isso é um fato, mas o que não vejo é que, todos os que tem problema, acabam por resolvê-los, sem contar como fizeram, ou que fim levou aquela coisa difícil que acontecia na vida de alguém e foi resolvido. Quero deixar aqui escrito algumas linhas a respeito disso, ou seja, como resolver certo problemas que ocorrem no seio, no âmbito familiar. Sou filho único, a diferença de idade de meus pais é de 40 anos, já de início, dá para se ter uma ideía do que passei, ou  quem sabe, de que não passei! A ideia de ter um único filho, amedronta os pais em geral, pois quem tem um filho somente, não tem nenhum, caso ele venha a falecer. Então, no tempo de meus avós, era muito observado o fato de ter muitos filhos, a exemplo da grande família romana, há dois mil anos atrás, aquela família patriarcal, onde sentava à mesa o soberano,  rodeado de filhos, genros, noras e netos. É esse o modelo ideal de família que trouxemos para os nossos tempos, ou seja, melhor esclarecendo, o tempo de meus avós. Foi com o crescimento da  efervescente sociedade capitalista,  adicionado com a deflagração das grandes guerras mundiais, que fez com que ocorressem as chamadas igualdades de direitos entre o homem e a mulher, onde esta, agora tinha de trabalhar fora de seu lar, para ajudar no orçamento familiar, cada vez mais reduzido, reduzindo assim, drasticamente o número de filhos que tinham antes por não dispor de tempo suficiente para cuidá-los, tendo ainda mais o marido, mais a casa, enfim, de  cuidar de si própria. Mas voltando ao assunto, filho único, sofre uma superproteção exagerada, que acaba por sufocando o amor entre pais e filhos, às vezes, acaba por ser destrutível. Então quando começamos a crescer, a ir para a escola, conviver com outras pessoas, vemos pela primeira vez na vida, outros sistemas existentes na relação entre pais e filhos. E daí podemos traçar uma comparação, ver as diferenças, separar as coisas boas lá existentes, para junto com as coisas boas trazidas de nossa vivência, possamos construir a nossa própria relação de pais e filho no futuros, sem aqueles vícios que consideramos prejudicial, com muito amor e carinho. A idade de conhecimento próprio varia de pessoa para pessoa, umas antes, outras mais tarde, mas todas independentemente da idade que se encontrarem irão considerar seus pais uns chatos, uns quadrados (é assim que chamávamos nossos pais na minha adolescência). Para se dar conta, lá no futuro, de que na maioria das vezes, eles estavam certos. Quando após os primeiros anos escolares, lá por volta dos anos intermediários, 7ª/8ª série, por exemplo, vem a adolescência, que é uma fase na vida da gente em que há muitas perguntas, mas nenhuma resposta. Por que minha mãe me trata desse jeito? Por que o pai não escuta os meus problemas? Daí começam os pequenos conflitos, que se não forem bem trabalhados, se converterão em conflitos de grandes proporções. O adolescente não tem para onde ir, não tem para onde fugir, se ele pensa em sair de casa, logo pensa, para onde eu vou? Para a rua? O que vou comer? Onde irei dormir? Nas primeiras vezes se pensa em ficarmos na casa de algum parente, sendo a casa dos avós a primeira da lista, logo após vem a casa dos tios, depois dos amigos, colegas, e etc. Com muita sorte, o adolescente, não se meterá em encrencas ou coisas que o valham.  Vemos na nossa própria casa a deflagração de uma guerra sem fim. Muitas vezes somente com três pessoas dentro de casa, e ninguém se entendendo. As brigas começam de manhã, logo ao sair da cama, se elastecem ao longo do dia, e, entram noite a dentro sem parar.  É briga dos pais entre si, entre o pai e os filhos ou entre a mãe e os filhos.  Mãe é mãe já dizia o poeta, ou seria o profeta? Pois é, mãe é uma só, mas como dura...!!! Além de nos amamentarmos logo após o nosso nascimento, de dar banho, de trocar as fraldas etc, parece que esse modelo, elas carregam para o resto da vida, irão sempre nos ver como bebês!!! Jamais verão que nós crescemos, que constituímos família, ou que sejamos pais também.  Agora o que não é necessário é que fiquem o tempo todo nos importunando, seja para levantar da cama, seja para escovar os dentes, para tomar café da manhã, para nos arrumarmos para ir para a escola, na hora do almoço, na hora da janta, na hora dormir etc. Cresci convivendo com discussões sem fim, e por nada que valesse a pena. Posso citar as vezes em que eu queria ficar sozinho em casa, aos domingos, e meus pais iam até outra cidade, distante cerca de 50 km. Queria fazer minha própria comida, fritar os meus próprios bifes, cozinhar o meu próprio arroz etc. Daí minha mãe dizia no sábado anterior: - Amanhã iremos a Canoas, você vai junto? E, eu dizia que não queria, pois queria ficar sozinho, faria o meu almoço e após iria jogar bola com meus amigos. Sendo o que ela retrucava: - Tu não gosta mais da mãe meu filho? O que eu fiz para você? Essas coisas me irritavam e eu aumentava o volume de  minha voz, e dessa vez era meu pai que intervia, aos berros ele dizia que eu iria junto sim, queira ou não queira, pois se eu morava embaixo do teto deles, então eu tinha que respeitar a vontade deles. Então ia tomar banho chorando, me arrumava e daí entrava no carro, sentava no banco de trás, levava um rádio grande onde eu podia localizar música mais facilmente, chegávamos ao nosso destino, e minha mãe me recomendava: - Quando chegar lá, beija a tia, o tio etc. Daí eu dizia para se catar, e de novo meu pai intervia, e novamente estamos brigando. Brincava com meu primo, tínhamos que buscar umas 40 vezes cervejas no armazém da esquina, vinha a janta, e,, bem depois, é que voltávamos para  casa. Isso era um domingo e o outro também, detalhe, eu tinha 16 anos, até que um domingo eu disse que não iria, então minha mãe armou o circo de novo, contando que ela conseguiria fazer com que a força motivadora de meu pai, me fizesse desistir da ideia de ficar. Mas resolvi dar um basta desta vez, de qualquer forma ela fez o almoço ainda no sábado. Fiquei nesse dia, fazendo hora na cama, até que eu ouvisse o barulho do carro saindo, mas dessa vez eles se demoraram para sair, saíam e voltavam, saíam e voltavam até que foram em definitivo. Até hoje não faço a menor ideia do que eles queriam com essa atitude. Vieram vários fins de semana, alguns, quando eu achava por bem de ir, eu ia, outros ficava. Um dia a mãe falou que ela tinha que trabalhar dobrado no sábado pois tinha que deixar meu almoço pronto, daí eu falei que não precisava, na verdade eu não queria comer mais a comida dela, eu queria fazer a minha própria, não gostava dos temperos, sei lá, inventei qualquer coisa, e de novo, lá estava meu pai, gritando aos berros comigo, que quem eu achava que eu era, para determinar isso ou aquilo. Mas eu não queria determinar nada pelo amor de Deus!  Eu queria simplesmente fazer o meu próprio almoço, ora bolas! Após muitos fins de semana de briga por esse motivo, finalmente conseguia ficar sozinho em casa, nos dias de domingo, de fazer meu próprio almoço, de ir jogar futebol de mesa com meus amigos, ou de jogar bola na pracinha. Era uma festa. Festa essa que era quebrada quando meus pais chegavam, pois, lembra-se que eu mencionava que nós só voltávamos após o jantar? Pois é, eles vinham jantar em casa!! Mas eu pensava que a perfeição não existia, mas sim, eu via a perfeição na casa dos outros. Muitas vezes chorei na casa de amigo meu, que moravam em uma casinha muito simples, eram cinco pessoas, os pais e três irmãos, dois meninos e uma menina, mas nunca vi nenhum grito lá por menor que fosse, e olhe que eu passava muitas horas lá na casa dele. Os estudos do segundo grau começavam a chegar ao fim, eu ainda não tinha me decidido que profissão seguir, mas esse assunto será objeto de outra postagem. Até a gente ganhar nosso próprio salário, tudo é muito difícil, mas logo em seguida, a coisa não muda tão fácil, não, ledo engano daqueles que pensam ao contrário. Lembro-me que quando eu cheguei em casa, após receber meu primeiro salário, comprei uma televisão nova, grande, moderna para época, nossa primeira televisão colorida, até hoje lembro-me do valor, R$2.001,00, não sei qual o nome da moeda naquela época, mas o valor era 2001. O meu pai chamou minha mãe para ver a tv nova, minha mãe a princípio relutou em vir ver, após tirarmos da caixa, ela chegou sem nada comentar se era bonita ou feia, e lascou: - É daquelas pequena né? Meu pai retrucou, mas nem de perto teve a reação quando gritava comigo. Eu chorava, dizia que ela não dava nenhum valor para minha primeira compra, daí era ela quem chorava, e daí sim, veio meu pai e de novo, agora sim, aos berros,  o que eu estava fazendo com minha mãe, que só quer o meu bem, etc. Para minha mãe eu nunca precisaria ter trabalhado, pois ela me sustentaria até quando morresse, ela queria que eu ficasse debaixo da saia dela o resto da vida, que eu nunca, jamais tivesse vida própria, pensamento próprio etc, dinheiro próprio, pois daí eu poderia "fugir" de casa. Isso me sufocava, acabei por desenvolver pressão alta, que controlo até os dias de hoje, já fiz tratamento com psiquiatra, com psicólogos, casei e vim parar 4000 km longe dela.  A primeira regra que quero aconselhar a quem ler essas linhas é a de que jamais busquem um casamento, para fugir da casa de seus pais, pois vocês estarão fechando um buraco, com a terra que estão tirando do outro buraco que estão abrindo. Não tenham pressa, a coisa uma hora irá dar certo, sei que é difícil, passei por isso, mas com muita oração, e isso eu fiz muito, confesso,  chegarão lá. Muita persistência, muita luta. Fé em um  Deus maravilhoso que pode nos proteger desses pequenos problemas para que eles não se tornem grandes demais a ponto de não ter mais conserto. Se não conseguirem ir para a casa dos avós, que vão para a casa de tios, uma coisa é certa, é a de sempre ficar em casa de alguém da família, um dia ou dois às vezes até mais, é claro que sempre deve-se deixar bem claro para onde estaremos indo. Pois sozinhos, conseguiremos refletir melhor sobre as coisas saindo do campo de guerra. Os amigos também devem ser utilizados com essa finalidade, mas eles nunca irão te ajudar, pois eles também moram com os pais deles, e os pais deles não irão se conflitar com os seus. Converse com o Senhor Jesus. Ouça o que ele tem para te falar. Procure um Padre, um Pastor, quem sabe alguém, algum amigo que tenha uma tia, ou vizinha psicóloga, às vezes tem no colégio, não deixe de lavar ao conhecimento de outras pessoas, seja na escola, seja na igreja, seja no serviço, pois eles, ou a grande maioria deles irá dar bons conselhos, colha-os todos com muito carinho, separe para você somente aqueles que elevarem o teu moral. Isso eu digo, porque nunca tive essas dicas, na minha adolescência. Se as tivesse tido, talvez eu hoje não teria esses problemas de pressão alta, pois eu era como uma panela de pressão que se eu explodisse, explodiria eu mesmo, não tinha ninguém com que dividir minhas angústias, minhas dúvidas, enfim, meus problemas. Quando se é adoslecente  a verdade é que não sabemos absolutamente de nada e achamos que sabemos de tudo. Os conflitos, as brigas, as discussões entre pais e filhos são comuns, a maneira com que somos moldados também. O meio ambiente no qual vivemos, junto de nossos pais, faz com que reproduzimos o mesmo sistema no qual vivíamos.  Então, o que acontece hoje em minha vida é que esses conflitos tidos lá na infância, na adolescência até hoje me perturbam como se fossem fantasmas, às vezes discuto rispidamente, depois de algum tempo, vejo que aquela discussão, não tem o porquê de existir, então peço perdão, e fica tudo bem! Já melhorei bastante, mas ainda  há muito que melhorar, sou consciente disso. Para as pessoas que tem conflito em seus relacionamentos como namoro, noivado e até casamento, aconselho a conhecer mais sobre o passado dessa pessoa, não o passado em si, mas muito mais profundo, que veja o ambiente em que essa pessoa foi educada, pois o ambiente molda o ser dessas pessoas. Então, se uma pessoa viu seu pai beber e bater em sua mãe ou de trair descaradamente, ou de mentir, etc, e essa mãe sempre voltar e aguentar isso até se separarem, e depois essa pessoa quando for marido fazer a mesma coisa, de enganar sua namorada, pense, não é porque  a pessoa quer simplesmente, mas isso vem de um tempo em que ela aprendeu ser assim. Até hoje me chateia quando uma pessoa diz até logo, e volta mais umas duas ou três vezes para se despedir, isso me reporta a minha mãe quando saía aos domingos, isso até hoje me incomoda, mas quem sabe, essa situação não incomoda quem faz isso para mim, pois a realidade que essa outra pessoa viveu, é diferente da minha, quem sabe quando ela saía, ela voltava como mostra de seu amor e carinho com seus pais, de não querer se separar nem por alguns instantes, então ela vai e volta, vai e volta demonstrando que nos ama e que não quer sair de perto, e isso, às vezes não é corretamente interpretado por mim, fazendo com que eu pense que se trata de uma perseguição, de uma marcação em cima , que não dá chance nem para eu poder respirar. Note que a diferença de criação faz com que tenhamos atitudes diferentes, quando aquela pessoa nos liga toda hora, fica no nosso pé, e quer ficar o tempo todo perto de nós, não é porque quer que sejamos seu escravo, mas está dizendo não somente com palavras, mas com atitude que: - Eu não sei viver sem você, ora bolas! Em uma palestra do Dr. Lair Ribeiro, este mencionou o caso de casais que passam a fazer terapia por não se respeitarem um ao outro, e quando chegam lá na terapia, ficam em um círculo onde estão postados os outros casais, são questionados pelo terapeuta: - Para você (pergunta ao noivo, ou marido) o que significa respeito?  Daí ele responde:   - Respeito para mim, é como era lá em casa, quando alguém falava com você, tinha que baixar a cabeça!  - Muito bem! Responde o terapeuta, e daí passa a mesma pergunta para a noiva ou esposa, e esta lhe responde: - Respeito para mim, é como era lá em casa, quando alguém falava com você, você tinha que olhar nos olhos dela, olho no olho. Será que esse relacionamento irá dar certo? É claro que não! Então, muita conversa ajudará com que as pessoas ou seja, o casal, encontrem um denominador comum, e assim, não cometam os mesmos erros de seus pais. Que essas linhas possam servir de um norte para a solução de alguns problemas familiares os quais iremos passar de um jeito ou de outro. Então devemos conhecer o nosso passado,  para entender o nosso presente e assim construir o nosso futuro. Pense nisso, até a próxima postagem. Um abraço.

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