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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NÃO PODEMOS SE ENTREGÁ PROS HOME!

Não podemos se entregar pros home, mas de jeito nenhum amigo e companheiro, não tá morto quem luta e quem peleia pois lutar é a marca do campeiro. É com essas palavras que inicio mais uma postagem. Essas palavras aliás que já faziam parte daquele longínquo idos dos anos 80, tempos em que eu estudava na Unisinos, aquelas greves, de um lado, os padres querendo aumentar as mensalidades, de outros nós os estudantes, às vezes eram as greves dos ônibus da empresa Central que faziam a linha entre Porto Alegre-Unisinos. Os tempos passaram, me formei em administração, há pouco tempo, também em direito pela Ulbra. Mas como a letra dizia: "...Não podemos se entregá pros home..." E não nos entregamos, mesmo que as mensalidades aumentassem, mesmo que os ônibus não viessem, nada, absolutamente nada iria impedir de continuarmos nossos estudos. Lembro-me que meu pai trabalhava para a Caldas Júnior, como motorista particular dos proprietários, e a Caldas Júnior no final dos anos 70 e início dos 80, passava por dificuldade financeira sem precedentes na história daquela grande e importante empresa centenária que abrigava o Correio do Povo, Folha da Manhã, Folha da Tarde, todos com seus respectivos suplementos, Rádio Guaíba AM, FM, e por fim a TV 2 Guaíba. Era um império difícil de se acreditar que um dia ruíria. Nunca tive a desgraça de repetir de ano, do primeiro ano primário na Escola Madre Raffo (1971 - 1975), passando pelo ginasial (1976-1978) e segundo grau (1979-1981) pela Escola Estadual Dr. Glicério Alves, depois pela Unisinos (1982-1990) e mais recentemente pela Ulbra (2003-2007), sempre passei de ano, é claro que muitas vezes fiquei em recuperação, mas logrei êxito em todas elas. No final dos anos 70 a Caldas Júnior, como já disse, passava por momentos difíceis, no início dos 80 eu estava terminando o segundo grau, e ainda não tinha me decidido qual o curso superior a fazer, um rapaz que namorava a minha prima, me disse que ele além de ser jogador de tenis ele estudava Administração de Empresas na Unisinos, foi aí que fiz o meu primeiro e único vestibular, terminei logrando êxito, as primeiras parcelas era o meu pai quem bancava, afinal eu ainda não tinha emprego, mesmo com aquela dificuldade pela qual passava a empresa em que meu pai trabalhava, ele tirava semanalmente alguns vales, e assim íamos indo, eu estudava apenas 12 créditos o que consistia em apenas três disciplinas por semana, ele conseguiu com que eu fizesse um estágio não-remunerado, na central de computadores que editava o Correio do Povo, eu ia para lá e ficava digitando textos e mais textos, mas só para aprender a digitar, assim foi indo até aparecer um concurso, que foi o meu primeiro também, na Febem-RS, haviam apenas duas vagas para auxiliar de escritório, a situação fez com que eu estudasse muito, quando fui ver a minha nota lá mesmo na Febem-RS em frente ao estádio do Beira-Rio, comecei a ler a lista de baixo para cima, e não encontrava o meu nome, já estava quase desistindo de olhar, mas continuei, e agora passava dos dez primeiros e nada, dos cinco primeiros e nada, e finalmente para me alegria total, descomunal, meu nome era o primeiro da lista, para apenas duas vagas, em meu primeiro concurso, eu passava em 1º lugar, agradeci a Deus, chorei muito, agora posso estudar mais disciplinas, pensei, e assim foi feito. De lá para cá, fiz muitos concursos no Sul, até para ganhar menos, explico, é que após ver as vantagens na hora de assumir, percebi que não tinha vale-refeição, etc, e por esse motivo é que digo isso. Na Febem-RS, anos mais tarde, fiz concurso interno e passei para Assistente Administrativo, com a formatura na Unisinos, enviei currículo para o Pólo Petroquímico (Triunfo-RS), para a Springer Carrier do Nordeste e para a Massey Fergunson todas com sede em Canoas-RS, e nunca fui chamado. Vim conhecer Rondônia que, por motivos particulares, nesse momento, não irei comentar, sendo que em meu primeiro concurso realizado, para o TRT, na cidade de Pimenta Bueno/RO, também haviam 02 vagas, como na Febem, mas dessa vez passei em terceiro, na prova, especificamente, aconteceu algo muito estranho, que quero deixar aqui registrado, eu gosto muito de matemática, tanto é que fiz Administração de Empresas, exatamente por ter matemática em seu currículo, e na prova do TRT eu tinha deixado a matemática por último, eram apenas dez questões, eu fiz a primeira, e não encontrei a solução, fiz a segunda e também não, a terceira etc, eu tentava as cinco possíveis respostas, e nada, e tinha que acertar no mínimo cinco das dez para não ser desclassificado, o fiscal deu um sinal e avisou que tinha somente mais quinze minutos para que nós entregássemos a prova, larguei tudo, fechei os olhos, e fiz uma oração que era assim: - Senhor, só tu conhece e sabe dos meus problemas, me ajude Senhor que eu consiga resolver essa prova. E aí, ainda de olhos fechados, ouvi uma voz bem nítida: - Confie em Mim! Eu ouvi essa voz, abri os olhos, olhei para os lados, para trás, para ver quem tinha me falado aquilo, mas nada, todos estavam de cabeças baixas, concentrados em suas respectivas provas, mas sei que não era louco e tinha ouvido uma voz, que não sabia de onde tinha vindo, e comecei a sentir algo realmente estranho, parecia que eu tinha todo o tempo do mundo para fazer aquelas dez questões, agora em menos de quinze minutos, um grande alívio se apoderou de mim, senti uma enorme tranquilidade, então retomei de novo a minha prova, testava a letra "a", nada, a letra "b" nada, a letra "c" está aqui a resposta, mas como é que eu não tinha conseguido antes se o procedimento foram os mesmos? Na próxima questão novamente, testava uma a uma e conseguia achar a resposta e assim foi até o fim. Terminei passando em terceiro lugar. Os créditos são todos de Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes eu trabalhava na Prefeitura Municipal de Ji-Paraná, como Chefe da Seção de Estatística, das 07 às 13h, das 13h30min às 17h30min dava aulas de Estatística II, Economia & Mercado e OTC, para o terceiro ano do segundo grau na Escola Júlio Guerra, das 19h20 às 22h30min dava aulas na Ulbra, na disciplina de Introdução à Economia para a turma do Direito II, e aos sábados pela Manhã das 08h às 12h, aulas de Contabilidade para turma de Ciências Contábeis. Então vi que a vida não é um mar de rosas quanto parece ser, sim, aproveitamos muitas coisas, mas elas não caem do céu, devemos fazer sempre a nossa parte. Essa parte muitos não querem fazer, não se esforçam para fazer, ou pelo menos acham que podem me sufocar até meus últimos suspiros nesse mundo, às vezes me vejo quase morto, agonizando, e as pessoas que estão perto de mim, ao meu redor ficam por querer tirar até a última gota de sangue, esfaqueiam daqui, esfaqueiam dali, e de um jeito, às vezes muito camuflado, dissimulado, procuram ver se conseguem tirar mais de um lugar onde já foi tirado tudo, é como uma mina de diamante, que já não fornece mais nada, mas que pensam em dinamitar mais alguns lugares para ver se encontram mais alguma coisa, isso é incrível mas já aconteceu, está acontecendo e irá continuar no futuro, só que eu não sou obrigado a aguentar esse tipo de coisas, que irá acontecer somente até quando eu quiser. Uma hora, o simples não, poderá ensejar em mais uma briga judicial. A minha estória é essa qual descrevi nas linhas anteriores, então se querem obter sucesso, que façam como eu, que tenham três empregos ou mais. Trabalhei na Febem-RS e muito me orgulho disso, mas parece que certas pessoas tem vergonha de trabalhar aqui, de trabalhar ali, de ir em porta em porta etc, que cada um faça a sua parte, e não esperem ter uma vida de fadas, de sonho, desses que a gente só se vê na televisão mas que muitas vezes, infelizmente, essas pessoas pensam que é a realidade! A vida é de cada um, então cada um que busque realizar seus próprios sonhos, se não tiver sonhos, então que crie-os, já vi muitas vezes pessoas de perto de minha convivência em que diziam que iriam ser médicos, juízes etc, mas que nada, nenhuma coisa fizeram para que isso acontecesse. Quem tem um sonho então que corra atrás dele, e faça-os tornar realidade. Todos querem o que eu tenho, mas jamais querem fazer o que eu fiz, querem tudo de mão beijada, como se o dinheiro caísse do céu. Me sinto um objeto, somente presto se digo sim, se digo não, então nada feito. Observo que por várias vezes as pessoas pensam que sou obrigado a dar festas, ou casa, ou carro, ou estudos em outras capitais do país, bancando com apartamento, mensalidades, alimentação, vestuário etc. O que a pessoa estará ganhando em vivência da vida além de se sentir um parasita que vive a custa dos outros? Cada pessoa tem que passar, isso a meu ver, por uma série de dificuldades para saber se sair delas, e isso vale para aquele dono de grandes empresas, que colocam seus filhos diretamente lá na diretoria, sem jamais ter conversado com ninguém da empresa. Ao passo que deveria fazer com que seu filho começasse lá de baixo, como contínuo, passando por todos os degraus da empresa para se ter uma idéia do tudo e saber, aí sim, dar o merecido valor das conquistas de seu pai. Já passei por isso em outras encarnações, foi terrível, mas nunca me entreguei pros home, tive que renascer de novo, outra vida tive, e tive que começar tudo outra vez, estou cançado de morrer e ter que nascer de novo, mas se essa for a única alternativa, fazer o que então? Ofereço uma estrutura que nenhum outro oferece, mas também tenho a minha vida, posso até ajudar para que se realize os sonhos de outros, mas ajuda não quer dizer bancar tudo sempre. Também tenho a minha vida, viagens, hotéis, novos mundos etc. Minha idade já é avançada. Será que querem que eu deixe de viver a minha própria vida para que eles possam viver uma vida de sonhos, de mentira, tipo aquelas de TV? Tem cem anos para que eu anule a minha própria vida. Tem tantas e tantas pessoas que trabalham pela internet etc, fazem trabalhos escolares, que fazem trabalhos de pedicure, manicure, de salão de beleza, de baby sister, de revendedora de roupas, etc, que não necessariamente precisem ter carteira assinada, quais poderiam se bancar sozinhas, mas não! É mais fácil ficar em casa, de pernas para o ar, assistindo TV, brincando na internet com MSN, facebook etc, perdendo horas e horas de suas vidas com coisas inúteis, tendo um bobo que banque tudo isso, do que ir à luta, buscar um lugar ao sol. A vida é uma só, então, tratem de desfrutá-la da melhor maneira, e a melhor maneira é viver a sua própria vida sem ter que interromper a vida dos outros, tipos aqueles em já mencionei na postagem: Quem cuidará dos idosos? A frase: Não podemos se entregá pros home, de jeito nenhum, ainda me faz voltar no tempo, naquele tempo em que comecei a construir o alicerce de minha vida, agora sou livre para fazer o que quiser, pois teve uma época em que estava preso, preso aos estudos, preso aos trabalhos da faculdade. Me prendi aos livros e hoje sou livre! Que cada um construa o seu próprio caminho e não irão se arrepender, pensem nisso! Qualquer semelhança de fatos ou pessoas relatados nessa postagem, terá sido mera coincidência. té a próxima postagem! Um abraço.


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