Arquivo particular - Meu primo Junior quando pequeno.
Hoje pela manhã, quando eu estava no trabalho aqui em Porto Velho-RO,
recebi uma ligação de minha esposa, que pelo seu tom de voz, sua
agitação, dava-se para ter uma noção do quanto ela estava nervosa. Algo
terrível tinha acontecido com o meu primo Junior mas ela não tinha
certeza disso. Então, liguei imediatamente, para Canoas-RS pelo meu
celular e infelizmente obtive a confirmação da qual nunca imaginei que
pudesse ouvir. Meu primo tinha falecido às 05h da manhã, por infecção
generalizada causada por uma pneumonia. Junior tinha 39 anos de idade. A
última vez que o vi foi há pouco mais de um ano quando ele trouxe o meu
pai de Canoas-RS para Rondônia-RO. O seu coração era de ouro, assim
como o do outro primo meu, seu irmão, também já falecido o querido
Jones e também do meu primo André irmão deles. A vida nos traz certas experiências. Algumas agradáveis outras
nem tanto. Parece que quando nascemos já esta traçado todo o nosso
destino.
Arquivo particular - Em baixo, eu, meu primo Jones e minha prima Beti
Não importa o que façamos ou o que deixamos de fazer. Mesmo que tenhamos o livre
arbítrio para dirigir as nossas próprias vidas, as variáveis existentes são
muitas, as quais não podemos controlá-las como nós gostaríamos que
fosse. Mesmo tendo uma família bem estrutura financeiramente, isso não é
sinônimo de que tudo correrá às mil maravilhas. A falta de amor, a
falta de compreensão, a falta de carinho, a falta de atenção, a falta de afeto, a falta de
diálogo entre os membros familiares ou por apenas um deles, isso tudo
vai gerar consequências desastrosas no futuro mais cedo ou mais tarde, estejamos ou não
preparados para isso. O psicológico ficará abalado e as ações de
determinada pessoa jamais serão aquelas esperadas por uma sociedade
hipócrita que mesmo sem saber o que acontece na realidade emite os seus
conceitos, os seus preconteicos, as suas condenações sobre essa ou aquela pessoa.
Arquivo particular - Meus primos Junior e André
Tanto o Jones com quem eu tive o prazer
de ter mais tempo de convivência com ele, quanto o Junior, me
proporcionaram horas, dias, momentos de muitas risadas, muitas alegrias nesta rápida passagem deles nesta vida.
Até hoje me lembro como se fosse ontem o Jones me perguntando: - Vamos
brincar de Helinho e tia Rosa? Uma alusão a minha mãe que me sufocou de
tanto amor fazendo com que me distanciasse há aproximadamente 4000 km de distância a
fim de que pudesse ter uma vida própria sem aquela superproteção exagerada
e desnecessária que me causava mais mal do que bem.
Arquivo particular.
O excesso de amor
faz mal, mas a falta dele faz com que não possamos medir quais serão as suas
consequências. O casal, os dois juntos, homem e mulher, pai e mãe, devem amar os seus
filhos naturais, ou filhos adotivos, ou enteados, enfim, como se filho
fossem, demonstrando amor, carinho, compaixão, repreendê-los na hora certa,
mas também saber recompensá-los por suas corretas atitudes. Dando
conselhos, tirando dúvidas, ensinado qual o melhor caminho a seguir e
qual deva ser evitado. Até os animais precisam de um gesto de carinho
quanto mais uma pessoa.
Arquivo particular - Eu e minha mãe (Helinho e tia Rosa como dizia meu primo Jones!)
Meu primo Junior era deficiente físico, não possuía uma perna a qual
perdeu num acidente automobilístico, porém o seu humor não mudou, a sua
vontade de viver, a alegria de estar ao lado das pessoas que ele gostava
acabava por amenizar o seu sofrimento de locomoção. Com a sua perna
mecânica ele teve mais uma alegria nesta vida.
Arquivo particular. Meu primo Junior
Não mediu esforços
quando trouxe meu pai, que era o seu padrinho, de Canoas-RS para Ji-Paraná/RO. Junior veio
dirigindo com uma perna só e com o carro de meu pai sem adaptação
nenhuma, por mais incrível que possa ser, não arranhava as marchas, era
perfeito naquilo que fazia. Tivemos muitas horas de conversa entre eu,
ele e também de minha esposa quando esteve por aqui, uns dois ou três
dias, mas tempo suficiente para darmos mais risadas juntos, sendo a
última vez que o vi com vida.
Arquivo particular Meu primo Junior em Torres-RS
Junior tinha uma saúde inabalável, ainda não entendi como uma infecção possa ter-lhe ceifado a sua vida tão precocemente. Mas doença não se pode evitar, estamos no mundo. Eu mesmo já fiquei por uns bons três dias numa Unidade de Tratamento Intensivo-UTI por causa de uma dessas infecções as quais me atigiram a carganta, depois se espalharam pelo corpo parando nos rins. Mas me salvei e estou agora digitando essas poucas linhas. Mesma sorte não teve o meu primo Junior. Creio que Deus, em nome de Jesus Cristo, tenha reservado um lugar lá no céu para o meu primo Junior o qual se reencontrou com o seu irmão, o outro meu primo Jones.
https://www.facebook.com/ - Meus primos Jones e Junior
Acredito também que somos ou que fazemos parte de uma grande energia. Desconectamos dessa vida e imediatamente nos conectamos a outra. É como uma tomada, tiramos de uma tomada, ou seja, desconectamos de uma tomada e logo conectamos em outra tomada. Adeus meu primo Junior. Fique com Deus, em nome de Jesus Cristo, para todo o sempre. Amém. Até a próxima postagem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário