https://www.youtube.com/watch?v=Q4tZmOayFSY
Assim convocava aquele desconhecido morcego. A vítima tinha sido um bom animal. Nada de tão espetacular assim. Mas no frigir dos ovos não havia muita coisa que o desabonasse. Ainda jovem, muito cedo, se desgarrou da manada. Foi viver a sua vida sozinho. Na verdade não precisava de muita coisa não. Tudo o que tinha feito era mamar em sua mãe. Para ele seria um mundo completamente novo. Não demorou muito e o jovem búfalo, começou a sua trajetória nessa vida. Como é que iria sobreviver? Como é que se sairia sem a sua famĺia que agora já lhe impunha certas aflições como demarcação de território? Mas deixe estar.
http://www.folhavitoria.com.br/economia/noticia/2013/10/criacao-de-bufalos-tem-o-maior-crescimento-no-espirito-santo.html
Era hora de provar que, um dia, mais cedo, ou mais tarde, ele venceria. Primeiro saiu a procurar não um abrigo, mas uma nova família. Só que dessa vez a família seria constituída por ele inicialmente. Pois bem. A concorrência não foi assim tão difícil como era de se esperar. Logo, logo, ele já era o dono do pedaço. Jovem, muito forte e determinado, nada seria difícil para ele. A vida tinha iniciado para ele. Dia após dia o jovem búfalo saia para os verdes campos, para as verdes savanas. Era o próprio senhor da manada. Porém, o tempo foi passando. O jovem búfalo agora não era mais tão jovem e precisava outro que lhe sucedesse, mas não havia nenhum. A defesa da manada, a busca por comida, tudo tinha ficado para as suas próprias protegidas. Os pequenos ainda eram muito jovens ainda, quase bebês, e levaria certo tempo para começar a ajudar a cuidar do próprio rebanho.
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Então, um certo dia. Ele se retirou para muito longe. Sabia que lá seria um lugar muito perigoso a contar com os inúmeros predadores que esperavam por ele. Quando ele se dá por conta, está rodeado de hienas, leoas, crocodilos e até mesmo urubus. Então a leoa avança sobre ele. Ele corre para perto da água, mas o crocodilo dá um pulo e consegue lhe tirar um pedaço do dorso de seu lombo. Ferida aberta, exposta. Em sua luta frenética pela vida, reúne forças e sai de perto do crocodilo, mas não da leoa que agora vem com mais força e ainda por cima ao sentir que a ferida causada pela mordida do crocodilo tenha enfraquecido a sua presa. Então, vem uma, duas, três leoas e se jogam sobre o agora velho búfalo.
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Uma lhe pega bem na ferida que esta aberta, outra crava os seus dentes afiados no pescoço do velho búfalo e outra pula para cima dele, cravando suas unhas que penetram no couro de um corpo que praticamente não tem mais nenhuma reação. Os olhos do velho búfalo estão arregalados. Ele cai no chão, dobrando os seus joelhos. Não pode fazer mais nada. A não ser deixar-se morrer para que a dor termine o mais rápido possível. Logo em seguida, vem os leões se deliciarem com aquele banquete. Depois de se fartarem é a vez das hienas. Elas lutam pelos restos que sobraram. E, por fim, vem os urubus. Que finalmente terminam por limpar a carcaça. E vão embora.
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A noite chega. Então aparece alguns morcegos. E vendo que ainda tem pequenos pedaços de carne os quais não foram descobertos pelos urubus, se fartam nas últimas gotas de sangue daquele que foi outrora o búfalo mais jovem e forte que já existiu naquelas pastagens. Em meio a esse último banquete do que sobrou dos restos mortais do velho búfalo, um morgego ainda grita: Venham, venham, tem sangue para todos! O sofrimento parece não ter mais fim. A sangria inicialmente provocada parece não ter sido o suficiente. Todos irão se deliciar, se fartar, até a última gota de sangue do velho búfalo. Até a próxima postagem!
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