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Já tinha passado o Dia do Gordo, 10/09/2013, quando eu comecei minha nova e atual dieta de um jeito meio tímido. Numa churrascaria! Mais precisamente em 08 de novembro último, um domingo. Esse foi o dia em que comi carne vermelha pela última vez na minha vida e também que bebi refrigerante. Dia desses, ao parar em uma sinaleira na BR-364, aqui em Ji-Paraná/RO, olhei para a direita e observei um caminhão cheio de bois indo, é lógico, para o matadouro. Alguns bois babavam tamanho o calor do meio-dia, outros ficavam pensando quando iriam descansar daquela viagem estafante. Outros pareciam ter muita sede. Outros pensavam nas mulheres e filhos deixados pra trás. Mas nenhum deles sabia qual seria o seu destino. Eu sim. Eu sabia que quando eles descessem do caminhão, não ganhariam comida, nem água. Nenhum carinho. Nenhum sinal de conforto. Talvez conforto sim. Mas não da maneira como eles queriam ter. Iriam ser abatidos, cruelmente. Com choques, com marretadas na cabeça, sei lá. Só sei que o que esperava por eles era a morte. E, enquanto o sinal permanecia no vermelho, ainda tive tempo para chegar a conclusão de que eu próprio estava contribuindo para a morte daqueles animais. Sim, eu mesmo. Na medida que como carne vermelha, mais e mais bois são abatidos, são levados a morte por minha culpa. Ao tentar ver cara de um deles, fui surpreendido com o olhar de um. Parecia que estava lendo os meus pensamentos. Seu olho me fitava.
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Notei ou será que imaginei, que uma lágrima de seus olhos estava caindo. Isso me chocou muito. Picanha, alcatra, costela, filé. Quantos bois eu tinha matado para satisfazer minha ânsia por uma carne que tinha vida? O sinal ficou verde e parti, deixando aqueles bois confinados, largados à própria sorte. Bem, na segunda-feira logo em seguida, não tomei café da manhã, nem almocei, a janta foi uma fatia de pão com margarina, em outras palavras não comi mais carne vermelha e nem bebi mais refrigerante. E, assim foi até a quinta-feira dia 12/11/2013. Estava em um início de uma tímida dieta. Como sou muito gordo, tenho muita energia acumulada, o que faz com que possa ficar por vários dias sem comer nada, que nem fome tenho. Mas agora eu estava com fome. O ritual durante o dia foi o mesmo desde da última segunda-feira, 09/11/2013. Sem café da manhã, sem almoço. Chegando em casa às 19h, fui para a cozinha. Fiz dois ovos fritos e coloquei umas 04 ou 05 salsichas. Tudo pronto, comecei a comer com gosto, aquilo que representava ser a minha primeira refeição digna daquela semana. De repente, quem chega? A dona confusão! Não se importando se eu havia ou não feito refeições durante a semana, foi logo me condenando por estar comendo aqueles dois ovos com 04 ou 05 salsichas, dizendo que era por isso que eu era gordo. Que eu comia errado. Que eu não poderia comer aquilo à noite etc. Uma verdadeira matraca que não parou mais a sua metralhação contra a minha escassa refeição da semana. Aconteceu que eu sou muito bom, mas quando eu fico em posição inferior, sendo atacado injustamente, eu me revolto como todo ser humano se revolta. Fiz uma promessa.
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Não comeria mais. Até quando eu não saberia dizer, mas ainda não havia externado essa minha decisão. Então, comecei a observar todos os sinais da dona encrenca, antes e depois dessa minha decisão. Na sexta-feira, o ritual seguiu o mesmo, sem café da manhã e sem almoço. À noite, em casa, minha filha fez um bolo de leite condensado com sementes de maracujá por cima. Ofereceu-me. A princípio rejeitei, mas para agradar ela, eu aceitei uma fatia, bem pequena, contudo até hoje ainda não o consumi inteiramente. Fiquei pensando o seguinte: por que cargas d’água a dona confusão não tinha me condenado em comer tal bolo? E cheguei a seguinte conclusão: uma, era porque quem tinha feito foi a nossa filha, e duas, para poder justificar a sua afirmação de que eu como errado e por esse motivo sou gordo. Pois, aquele pedaço de bolo de leite condensado é tão ou mais “prejudicial”, ou seja, contém mais calorias do que aqueles dois ovos com 04 ou 05 salsichas. Então, caso eu comesse, continuaria gordo, na cabeça dela, por culpa daqueles dois ovos com 04 ou 05 salsichas e jamais do bolo de leite condensado com sementes de maracujá feito por minha filha.
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A sexta-feira terminou. Fui dormir com a barriga roncando. No sábado pela manhã, nada de café. Fui registrar os jogos da lotogol. Fomos nas lojas Americanas eu e a dona encrenca, até comprei-lhe chocolates. Depois nos dirigimos a padaria Ki-Pão, que além de outras delícias, tem um suco de laranja sem igual. Pedi duas jarras de suco de laranja e um salgado para a dona encrenca. Não comi nada. Terminado as duas jarras a minha filha perguntou se eu não queria mais uma. Antes de que eu pudesse responder, a dona confusão coloca a mão na minha barriga (que agora estava maior pelas jarras de suco) e diz para a minha filha que já estava bom e que eu não queria mais nada!!!!??? Que indireta foi aquela? Ela comeu chocolate, comeu salgado, me ajudou no suco, e eu não podia beber ou comer mais nada? Que pôrra é essa? Resmunguei alguma coisa e fomos embora, apesar de que eu não conseguiria beber mais nada mesmo. Como faz muito tempo que não saímos de casa nos finais de semana, resolvi então levar a família para almoçar no Pesque-Pague Jatuarana que fica rumo a Nova Londrina. No caminho para lá, ultrapassa por nós uma pick-up Saveiro com aquelas cadeiras de plásticos empilhas umas sobre as outras, meu pai já lascou: - Umas dez daquelas te aguentam, não é? Pois, é! Aqui em casa é assim, quando um pára o outro começa. Chegando lá. Pedimos almoço. Enquanto esperávamos, pedi um suco de uva na latinha.
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Meu pai e a dona confusão se esbaldavam na cerveja. Então, foi aí que eu externei toda a minha angústia adquirida desde a última quinta-feira, 12/09/2013, ao comentar com a dona confusão de que como já fazia uma semana que não bebia refrigerante, cria que uma lata de coca-zero não iria fazer mal algum. Porém, não pestanejou muito para, novamente, ela me repreender. Enquanto isso era colocado o almoço na nossa mesa. Arroz, pirão, salada e peixes filé de tilápia sem espinhas e costelas de tambaqui. Coloquei apenas duas colheres de arroz e duas de pirão. A barriga continuava a roncar. Comecei a comer o arroz. Mas o que a dona confusão iria pensar? Que o arroz engorda! Então, comecei a comer o pirão. Mas o que a dona confusão iria pensar? – Não come arroz, mas enche o bucho de pirão, assim só tem que engordar mesmo! Meu almoço parou ali. Para completar, haviam várias pessoas naquele lugar, e meu pai me perguntou porque eu não estava sentado em duas cadeiras, bem alto, para que aquelas pessoas pudessem ouvir. Respondi que como era resistente aquela cadeira aguentava o meu peso. Mas ele insistiu, como eu sabia que eram resistentes? 1, 2, 3, 4, .....
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Até quanto eu tenho que contar? Bem, saímos dali, chegamos em casa. Meu fim-de-semana já tinha ido “pras cucuias”. Fui caminhar. Minhas caminhadas não são rápidas, mas são longas. Saí perto da prefeitura, 31 de março, quartel da PM, KM 5, e fui até o Residencial Açaí. Conversei muito com o guarda, contei-lhe os meus problemas e prometi que no próximo sábado (amanhã) eu iria lá novamente para mostrar-lhe como eu tinha emagrecido. Na volta entrei pelo residencial dos juízes, e vim embora. Pensei que o Residencial Açaí fosse mais perto. Às 20h liguei para casa, informando que não era para se preocuparem pois eu estava ainda atrás da Ulbra e demoraria um pouco até chegar em casa. Cheguei num bagaço só. No domingo pela manhã tinha culto na igreja. Porém, acordei pelas 07h, fui no banheiro. Mas o que a dona encrenca iria pensar? Que eu estava assaltando a geladeira! Mesmo dormindo junto, ela não se manifestou sobre os roncos que ecoavam pelo quarto que brotavam de minha barriga, talvez pensasse que eu estivesse soltando uns puns. Não conseguindo mais dormir. Fui caminhar. Iria lhe falar. Mas o que a dona confusão iria pensar? Que eu iria caminhar sim, mas era até a padaria para comer. Não sei mais o que pensar! Comecei a caminhar, primeiro sem rumo, depois decidi que iria ver o novo clube que tinha sido inaugurado na Linha Itapirema. Passei pelo TRT, na casa do pai da madrinha Maria, cheguei no Anel Viário, peguei a Itapirema e fui em frente. Parei em um restaurante e fui informado que ainda faltavam mais 01 km. E fui até lá. O lugar é lindo. Tem churrasqueias no meio da mata.
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Piscinas com salva-vidas o tempo todo. Campo de futebol super bem cuidado. E irá ter um pesque-pague. O proprietário é um vizinho meu. Amigo. Fui atendido pela sua simpática família. Sentamos. Tomei água com gás. E como a dona encrenca não estava, dessa vez bebi uma latinha de coca-zero. Não sei se é porque faz muito tempo que não bebia, senti um gosto de remédio. Pensei em chamar o meu pai e a dona confusão para almoçarem lá comigo. Mas o que a dona encrenca iria pensar? Ele não dá conta de caminhar, depois fica aí pedindo para ir buscá-lo. Lá, nesse lugar, tem almoço a La carte, a entrada é de R$10,00 por pessoa. O proprietário tem carvão para as churrasqueiras. É bom levar pratos e talheres, mas lá tem tudo. Terminado o bate-papo eu comecei o meu retorno. O Sol era o do meio-dia, muito forte. Fiz a rota ao inverso. Chegando ao TRT minhas pernas não iam mais. Senti muita tontura, a fome deu lugar para a cama, que era só o que eu queria naquele momento. Passou um taxi e me deixou em casa. Dormi. Segunda dia 16/09/2013, mesmo ritual de sempre, sem café da manhã, sem almoço.
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Ao chegar em casa lá pelas 16h30min, troquei de roupa e fui caminhar. A dona confusão me disse que era para levá-la na faculdade às 19h. Pensei, como é difícil hein? Eles querem que eu emagreça, mas quando vou fazer uma caminhada, ficam querendo me sabotar! É sempre assim. Ora, se eu levo na faculdade não posso caminhar, pois eu não gosto de caminhar pouco. Sai perto da prefeitura, cheguei a Av. Ji-Paraná, torci o pé. Doía muito, mas com toda a minha brabeza eu continuei. Não daria o braço a torcer nunca! Agora virou uma questão pessoal. Passei a ponte que liga Ji-Paraná/RO a Nova Londrina. Cheguei na Unijipa. Comprei água mineral e segui viagem. Chegando ao Anel Viário tomei o rumo da ponte. Ultrapassei-a. Quando dei por mim já estava no motel que fica na entrada de Ji-Paraná/RO. Olhei para trás e nem pude acreditar no tanto que eu havia caminhado. Segui pela BR agora sentido centro. Logo no início não há calçamento para pedestres, e os caminhões e carros passam muito perto da gente, no acostamento. Em uma distribuidora pedi água. E eles me deixaram encher minha garrafinha de água mineral. Segui em frente. Já era noite. No primeiro bar resolvi sentar-me. Ficava em frente do penúltimo posto de combustível no sentido Ji-Paraná/RO - Presidente Médici/RO. Após descansar, segui viagem.
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Minhas pernas não aguentavam mais, consegui chegar na parada de ônibus que fica em frente a padaria Ki-Pão. No taxi, ao ser perguntado se eu estava caminhando, pois o sinal de meu desgaste era nítido. Expliquei a minha situação. Uma moça que era passageira ficou indignada, dizendo que eu não estava tão gordo assim, para ficar sem comer. Que eu precisava me alimentar, para não criar uma gastrite ou uma úlcera nervosa. Senti-me reconfortado tamanha solidariedade das pessoas. Fiquei em casa. E, novamente como nas outras vezes em que chego de minhas caminhadas, fui dormir. O telefone tocou até cair a ligação. Eu estava com câimbras nas pernas e dores por todo o corpo. Como meu pai estava me esperando e não viu quando cheguei, fui avisá-lo que já havia chegado, que estava com muitas dores e que iria dormir. Então, ele me perguntou: - Vai dormir de novo? 1, 2, 3, 4 ...! Nem dei ouvidos e fui para cama. Dormi como uma pedra, mas ainda pude ver quando a dona encrenca chegou com olhar nada convidativo por eu não ter ido lá da faculdade busca-la.
http://www.lavioletera.com.br/blog/as-vantagens-da-dieta-mediterranea/
Na terça-feira dia 17/09/2013, estando eu na fisioterapia, uma colega me pergunta se eu tinha pego um taxi e me queixado da dieta forçada, e eu afirmei dizendo que sim, daí ela me disse que sua filha ficou muito preocupada com a minha situação. É muita coincidência. Lá na fisioterapia todos me informam que o correto é comer de três em três horas, daí eu disse: - Se eu comer de três em três horas a dona confusão me mata, se em uma semana em que não havia comido nada, quando fui comer dois ovos e 04 ou 05 salsichas já deu no que deu, imagine se eu comer de três em três horas? O fato é que eu comecei a me alimentar, só que dessa vez de um modo sadio. Suco que altera o metabolismo pela manhã. Barrinhas de cerais antes do meio-dia, almoço com muita verdura. E assim por diante. Substituí o refrigerante por suco. Nada de janta. Já diminuí bastante em pouco tempo. Agora é só seguir em frente, mas de agora em diante numa boa, sem pressão, sem gracinhas, sem intromissão na minha dieta. Até a próxima postagem!
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