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sábado, 4 de maio de 2013

MENINO OU MENINA?



O fato aconteceu certa vez com um amigo meu. A esposa dele estava grávida. Eles eram de poucas posses. Não tinham estudo. E nada da mulher fazer o programa pré-Natal, nem de saber com certeza se teriam um menino ou uma menina. Moravam longe da cidade. Não possuíam nenhum veículo e os vizinhos moravam muito distante. As dores do parto tinham começado e fortes. Em casa somente ele e a sua mulher prestes para dar à luz. Apesar de fazer frio naquela ocasião (Região Sul) e de madrugada, a mulher suava em bicas. Os  primeiros gemidos da mulher tinham se transformados em gritos, o choro em desespero. Mesmo que nunca tenha tido nenhum outro filho, nenhuma outra experiência de parto, aquela mulher, jovem por sinal, sabia distinguir que era chegada a hora da verdade. E, pior, o parto haveria de ser solitário.



O marido, meu amigo, não sabia se pegava uma toalha de rosto no banheiro, ou uma de banho no roupeiro, se trazia água, para a mulher, ou uma bacia, para colocar o bebê. A mulher estava em cima da cama tinha saído, acocorado, e voltado para a cama por várias vezes. Abria as pernas uma vezes, fechava por outras, não sabendo o que fazer, se segurava a criança, ou se relaxava e deixava ela vir assim mesmo. A bolsa acabara de estourar. O marido pensou que sua mulher estava se desmanchando, ou melhor, que o bebê estava se desmanchando e tinha virado líquido. Os berros ficaram mais intensos. A dilatação tinha atingido o seu máximo.  Ele segurava a cabeça da mulher, enquanto que ela pedia para segurar a cabeça do bebê que começava a sair, dali há pouco um bracinho, outro bracinho.


A natureza é incrível, mesmo que sem nenhum atendimento especializado, o bebê é colocado para fora daquele corpo que lhe sustentou nos últimos 09 meses. Meu amigo ao ver boa parte do parto, ou seja, do nascimento, nem deixou que tudo se consumasse, saiu correndo feito um maluco pela estrada sem viva alma, gritando que seu filho tinha nascido e que o menino era superdotado, tinha "aquilo" muito grande. O primeiro vizinho que ele encontrou foi Aldernei, quase 20 minutos após, daí falou para outro, outro e mais outro. No fim, todos queriam ver o tal menino superdotado. Ao chegar de volta a casa com os seus amigos, enquanto a sua esposa, sozinha, tinha feito o próprio parto, foram direto ver o bebê superdotado.


Ao se depararem  com o bebê, todos se chocaram, ao ver que não se tratava de um menino, mas sim de uma linda menina. Então, meu amigo resolve tirar a dúvida com a sua esposa, sobre aquele "negócio grande" do bebê, ao passo que ela lhe explicou, que o que ele viu,  era na verdade o cordão umbilical, não tinha nada de menino superdotado. Todos notaram a total falta de experiência de meu amigo. 


O menino acabou vindo no terceiro e último parto de sua mulher, que resolveu fazer laqueadura, desta feita num hospital público de uma cidadezinha no interior do Rio Grande do Sul. Todos vivem felizes por aqueles rincões. Trata-se de uma história de ficção, qualquer semelhança com nomes e lugares, terá sido mera coincidência. Até a próxima postagem!

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