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terça-feira, 9 de outubro de 2018

SEJAMOS PRUDENTES EM NOSSAS AÇÕES

Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor (Isaías 55.8)


Deus nem sempre atende a pessoa mais qualificada. Muitas vezes, a atitude do coração de uma pessoa é mais importante que sua experiência ou credenciais, principalmente, em cargos de ministério. É fato. Os pensamentos de Deus não são os nossos. Na nossa visão adquirida, principalmente após o pecado, temos distorcidos os nossos pensamentos. Nunca, jamais iremos pensar segundo os pensamentos de Deus. Pois o pecado nos turvou a visão de nossos próprios pensamentos que ficaram bloqueados para sempre dos pensamentos de Deus. 

Já tive muitos questionamentos feitos sobre os meus pensamentos e os de Deus. Exatamente pelo pecado, não consigo ter nenhum pensamento que chegue perto ou se assemelhe ao pensamento de Deus. No princípio achei isso muito estranho e ainda acho para dizer a verdade. 

Então, resolvi escrever essas linhas para que, daqui para frente, e por tudo o que eu venha entender sobre o assunto, dos meus pensamentos, ainda que nem de perto cheguem aos de Deus, possam ser reorganizados na minha mente a ponto de que minhas atitudes sejam direcionadas não mais pelos meus pensamentos, mas pelo os de Deus. 

Mesmo fazendo isso, é certo que os pensamentos que advirão, não serão propriamente os pensamentos de Deus, contudo, isso nos mostrará um rumo, um norte, uma meta, daquilo que é o melhor para nós fazermos em nossas vidas. 

Muitas situações em que tive atitude ou de impulso, ou de pulso mesmo, me trouxeram grandes inquietações. Por exemplo, a razão pede um passo em determinada direção, o coração pede que o passo seja noutra direção, e o pensamento de Deus pode apontar para que não se dê passo em direção nenhuma. 

Outras vezes é o contrário, pensamos estar bem onde nos encontramos. Estamos bem seguros em nossa zona de conforto, porém, os pensamentos de Deus fazem com que saiamos de nosso casulo, para enfrentarmos o desconhecido, os nossos desertos, os nossos vales da sombra da morte, e assim desenvolvermos a nós mesmos não somente como pessoas, mas também no que se refere a nossa fé e ao crescimento de nossa vida espiritual. 

Para mudança de atitude, primeiramente é importante reconhecer que os nossos pensamentos nem sempre são os melhores. Já num segundo momento, chegaremos a conclusão que deveríamos fazer tudo diferente se tivéssemos outra oportunidade para fazê-lo, demonstrando que, sinceramente, nenhum pensamento tido anteriormente foi-nos útil, muito pelo contrário, são todos descartados. Ainda que não se possa generalizar, pois cada pessoa é única no universo, tendo algumas maiores discernimento de pensamentos do que outras. 

Começo a entender que, como Deus me fez a mim da maneira como sou, além de outros consentimentos, não importa se tenho ou não o livre arbítrio, pois é Ele e, somente Ele, a quem devo me reportar para pedir orientação, a fim de andar nos seus retos passos, segundo os seus pensamentos, a sua vontade e não segundo o meu entendimento, que pode inclusive me levar à morte, caso eu insista em seguí-los. 

Não é uma tarefa fácil de assimilar, concordo, pois repito, estou escrevendo esse post para mim mesmo, ou seja, para que eu entenda também como leitor que sou, que se faz necessário urgentemente uma mudança de atitude radical em minha vida, a ponto de que para cada situação, Deus deva ser consultado de modo que eu não venha a tomar decisões equivocadas ou precipitadas que cause ou possam causar lesão grave e/ou erros de difícil reparação. 

Lesão grave aqui entendido como qualquer lesão, física, moral, intelectual, psicológica. 

Consta na Bíblia que Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. Salmos 119, 105

A função da lâmpada é iluminar, a da luz é clarear. Não tendo mais escuridão, agora podemos nos guiar, ver os perigos se encontram, ver onde esta o caminho a seguir, ver a saída de determinada situação. Além de impedir que caiamos em precipícios, que tropeçamos em algum obstáculo, que não se fique vagueando por caminhos diversos e se percam do caminho para a Vida. 

Cada um de nós segue o que parece ser bom, segundo a sua própria avaliação, contudo, muitas vezes nós nos dirigimos para lugares sem saída, assustadores, de modo que o que parece certo aos olhos do mundo, é considerado torto aos olhos de Deus. A nossa mente nem sempre entende as direções espirituais que recebemos de Deus. 

A lâmpada, vela, lanterna etc, produzida pelo homem, mesmo que clareiem, ainda são propensas a falhas, mas a Luz Divina de Deus, jamais se apagará e, é Ela quem nos conduzirá ao Verdadeiro Caminho que é Cristo Jesus, Nosso Salvador. 

O assunto é riquíssimo em detalhes e muito extenso. Não vou fazer nem um tratado aqui sobre o mesmo, mas é lógico que fique bem claro que daqui por diante, toda e qualquer decisão em nossas vidas, sejam elas em casa, junto a família, seja na escola, seja no trabalho, seja na igreja ou no laser, devemos consultar a Deus para saber se aquele pensamento, aquela atitude que queremos tomar é ou não da vontade de Dele, naquele momento. 

Vamos dar um exemplo até mesmo para ficar mais fácil o entendimento. Vou contar aqui a minha estória. Depois de convertido, de batizado, queria por que queria servir ao Nosso Deus. Fazer o bem, ajudar aos necessitados, cuidar dos mendigos etc. Numa dessas empreitadas resolvi, entendendo que era meu dever como cristão, pregar a palavra, o Evangelho para os mendigos, e também aos drogados que vivem nas ruas. 

Tem um mercado central na minha cidade que é ponto desses excluídos da sociedade, então me dirigi para lá, acreditando somente no meu pensamento, sem questionar a Deus se o quê, como e quando eu iria fazer era da vontade Dele. 

Chegando ao local comecei a falar com eles, me enturmei fácil, afinal todos os moradores de rua, sem exceção (também segundo o meu pensamento), são muitos amáveis e acolhedores. Fiquei espantado ao saber que existe inclusive um ex-pastor lá, todo sujo, com roupas rasgadas, sem banho, abandonado pela família. Não é pelo fato de ser um pastor, um padre, uma autoridade eclesiástica que podemos dizer que estamos livres dos males desse mundo, que estamos vacinados contra toda e qualquer obra maligna que venha nos atingir. Nosso Senhor Jesus nos ensina a vigiar e orar para não cairmos em tentação e isso vale para todos, inclusive para padres, sacerdotes, bispos, pastores, crentes, católicos, evangélicos. 

Eram aproximadamente uns cinco moradores de rua aos quais me dirigi, e falei-lhes a respeito do Evangelho, do amor de Deus, do sacrifício de Jesus por nós. E afirmei que estava ali como leigo que sou, mas que aquele ex-pastor era quem deveria me ensinar a respeito da Salvação, pois ele conhecia a Palavra de Deus muito mais do que eu. E realmente, ele citou algumas passagens tanto do Velho como do Novo Testamento. Ali eu fui sua ovelha prestando atenção em cada palavra proferida. Terminado a minha visita, o meu propósito, servir-lhes café da manhã com pão e manteiga. Então, enquanto eles comiam, um rapaz viciado, que ainda não conseguiu sair do mundo das drogas e com família que mora em outro Estado, sentou-se ao meu lado e mostrou-me uma peça de xadrez. 

No meio de sua conversa em que contava como é que ele foi parar ali, perguntou-me se eu sabia qual o nome da peça do xadrez que ele me mostrava. Disse-lhe que tratava-se de um peão. Então, ele me deu o peão e disse para eu entregar para um desafeto dele, e que quando entregasse teria que dizer que foi ele quem tinha mandado entregar e que ele saberia do que se tratava. Isso não estava em meus planos. Eu estava prestes a entrar num beco sem saída. Como se tratava de um desafeto dele, resolvi tomar uma posição de cautela, dizendo que não poderia fazê-lo, pois não iria falar com o inimigo dele, e devolvi-lhe o peão e fui até meu carro para ir embora daquela situação. Mas ele foi atrás e ameaçou e voltemos para o lugar onde antes estavam tomando café. Então, ele levantou a camisa e mostrou-me uma faca grande de cozinha, tipo aquela do ataque do Bolsonaro, também, me mostrou várias cicatrizes na barriga causadas por brigas de faca. 

Ele não gostou nada de minha resposta, me entregou mais uma vez o peão, e disse que quando falasse com o desafeto dele, iria saber se eu havia ou não entregue o tal peão. Foi com muito custo e muita cautela que eu consegui sair de lá no meu carro, sem jamais voltar lá naquele lugar. O peão joguei fora. 

Esse testemunho serve para demonstrar o quanto são diferentes os nossos pensamentos dos do Senhor. A minha proposta de pregar aos moradores de rua não foi para ganhar Salvação nenhuma, nem para uma placa lá no céu. Muito pelo contrário, é exatamente por já ter ganho a Salvação que eu me vi motivado a atender ao chamado de Jesus: - Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16, 15 

Também levei em conta, quando da nossa prestação de contas no céu, ao sermos arguidos sobre termos ajudado os mais necessitados, a passagem que diz: E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mateus 25, 40 

Essas passagens são verdadeiras, todo cristão sabe que elas contém a verdade, porém, trata-se apenas de uma parte da verdade e não toda a verdade. Assim, não podemos ler isoladamente um texto na Bíblia e fazer dele uma verdade absoluta a ponto de, por sermos negligentes em não examinarmos as escrituras com todo o cuidado, tomarmos atitudes que erroneamente acreditamos ser da vontade de Deus. 

A fim de completar a verdade acima temos que: E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Lucas 10, 1. Em outra passagem: Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Mateus 10, 16. 

Vejam os erros cometidos por mim. Eu fui sozinho pregar aos moradores de rua, com a falsa sensação de que estava fazendo a coisa correta segundo a minha ótica, o meu pensamento. Primeiro sozinho, enquanto que Jesus manda de dois em dois e, em segundo temos que ser prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. 

E mesmo assim, de nada adianta sermos prudentes e inofensivos, partirmos de dois em dois para pregar o Evangelho a toda a criatura, se antes de tudo, não consultarmos ao nosso Deus, para sabermos se o quê, como e quando fazer qualquer coisa, inclusive de pregação do Evangelho é ou não de sua vontade, pois os nossos pensamentos não são os mesmos pensamentos de Deus. Espero que tenha ajudado a alguém que assim como eu, pensava estar agindo correto mas que após examinar as escrituras pude perceber que estava fazendo de modo errado sem a concordância de Deus. Que Deus abençõe a todos os leitores deste blog. Fiquem na Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré, que realmente vive e reina junto com o Pai de eternidade a eternidade. Até a próxima postagem!

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